Programação


"FÉ INABALÁVEL SÓ O É A QUE PODE ENCARAR FRENTE A FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE."
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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bóson de Higgs ou Partícula de Deus

O maior interesse dos cientistas é descobrir o Bóson de Higgs, a única peça que falta para montar o quebra-cabeças que explicaria a "materialidade" do nosso universo. Por muito tempo se acreditou que os átomos fossem a unidade indivisível da matéria. Depois, os cientistas descobriram que o próprio átomo era resultado da interação de partículas ainda mais fundamentais. E eles foram descobrindo essas partículas uma a uma. Entre quarks e léptons, férmions e bósons, são 16 partículas fundamentais: 12 partículas de matéria e 4 partículas portadoras de força.

A Partícula de Deus
O problema é que, quando consideradas individualmente, nenhuma dessas partículas tem massa. Ou seja, depois de todos os avanços científicos, ainda não sabemos o que dá "materialidade" ao nosso mundo. O Modelo Padrão, a teoria básica da Física que explica a interação de todas as partículas subatômicas, coloca todas as fichas no Bóson de Higgs, a partícula fundamental que explicaria como a massa se expressa nesse mar de energias. É por isso que os cientistas a chamam de "Partícula de Deus".
O Modelo Padrão tem um enorme poder explicativo. Toda a nossa ciência e a nossa tecnologia foram criadas a partir dele. Mas os cientistas sabem de suas deficiências. Essa teoria cobre apenas o que chamamos de "matéria ordinária", essa matéria da qual somos feitos e que pode ser detectada por nossos sentidos.
Mas, se essa teoria não explica porque temos massa, fica claro que o Modelo Padrão consegue dar boas respostas sobre como "a coisa funciona", mas ainda se cala quando a pergunta é "o que é a coisa". O Modelo Padrão também não explica a gravidade. E não pretende dar conta dos restantes 95% do nosso universo, presumivelmente preenchidos por outras duas "coisas" que não sabemos o que são: a energia escura e a matéria escura.
É por isso que se coloca tanta fé na Partícula de Deus. Ela poderia explicar a massa de todas as demais partículas. O próprio Bóson de Higgs seria algo como um campo de energia uniforme. Ao contrário da gravidade, que é mais forte onde há mais massa, esse campo energético de Higgs seria constante. Desta forma, ele poderia ser a fonte não apenas da massa da matéria ordinária, mas a fonte da própria energia escura.
Pesquisadores do Grande Colisor de Hádrons (LHC), gigantesca máquina científica perto de Genebra, na Suíça, disseram que em apenas três meses de experiências já conseguiram detectar todas as principais partículas envolvidas no nosso atual entendimento da física, o chamado Modelo Padrão.
Rolf Heuer, diretor-geral do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), responsável pelo LHC, disse na Conferência Internacional sobre a Física de Alta Energia, em Paris, que as experiências transcorrem mais rapidamente do que se esperava, entrando num estágio em que uma "nova física" irá surgir.
Isso pode incluir a aguardada prova da existência do Bóson de Higgs e a detecção da matéria escura, que supostamente constitui um quarto do universo, junto aos 5 por cento observáveis e 70 por cento de energia escura invisível.
"Este é um universo escuro, e espero que o LHC ... lance pela primeira vez luz sobre esse universo escuro", disse Heuer. "Isso vai demorar."
O LHC é um túnel circular de 27 quilômetros que cria pequenos Big Bangs ao provocar a colisão de partículas. Na atual etapa, as colisões ocorrem a cerca de metade do seu máximo nível energético - 7 tera-elétron-volts (TeV).
A máquina deve chegar perto dos 14 TeV a partir de 2013, aproximando-se das condições do Big Bang, a grande explosão que criou o universo, 13,7 bilhões de anos atrás.
Cientistas de um projeto mais antigo e com menos energia, o acelerador de partículas Tevatron, perto de Chicago, disseram na conferência que reduziram o intervalo de massa possível para o Bóson de Higgs em cerca de um quarto, com uma confiabilidade de 95 por cento.
Mas eles ainda não são capazes de alcançar a região de baixa massa onde muita gente crê que o Bóson de Higgs "vive." Trata-se de uma partícula energética teórica, que muitos cientistas acreditam que ajudou a conferir massa para a matéria disparatada lançada pelo Big Bang.
Apresentando resultados do LHC, um projeto de 10 bilhões de dólares, os cientistas disseram que aparentemente detectaram pela primeira vez na Europa o Top Quark, uma enorme e efêmera partícula antes só identificada nos Estados Unidos.
"De agora em diante, estamos em um novo território", disse Oliver Buchmueller, pesquisador graduado do Cern. "O que vamos fazer é efetivamente voltar no tempo. Quanto mais elevarmos a energia, mais perto chegamos do que estava acontecendo no Big Bang."
Em dois ou três anos saberemos se a teoria está correta ou não. Ou, talvez, nos depararemos com um mundo todo novo, que exigirá novas teorias, novos equipamentos e novas descobertas.

FONTE:
O Globo - disponível em: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2010/07/27/cientistas-se-aproximam-da-particula-divina-917248943.asp , acesso em 31/07/11

Inovação e Tecnologia - disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010805070402, acesso em 31/07/11.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Imperativos Cristãos

Do livro Agenda Cristã de André Luiz


Aprende — humildemente.
Ensina — praticando.
Administra — educando.
Obedece — prestativo.
Ama — edificando.
Teme — a ti mesmo.
Sofre — aproveitando.
Fala — construindo.
Ouve — sem malícia.
Ajuda — elevando.
Ampara — levantando.

sábado, 27 de agosto de 2011

Pontualidade

Do livro Desobsessão de André Luiz

Pontualidade — tema essencial no quotidiano, disciplina da vida.
Administrações não respeitam funcionários relapsos.
Em casa, estimamos nos familiares os compromissos em dia, os deveres executados com exatidão.
Habitualmente não falhamos no horário marcado pelas personalidades importantes do mundo, a fim de corresponder-lhes ao apreço.
A entrevista com um industrial...
A fala com um Ministro de Estado...
Nas lides da desobsessão, é forçoso entender que benfeitores espirituais e amigos outros desencarnados se deslocam de obrigações graves da Vida Superior, a fim de assistir-nos e socorrer-nos.
Pontualidade é sempre dever, mas na desobsessão assume caráter solene.
Não haja falha de serviço por nossa causa. Não se pode esquecer que o fracasso, na maioria das vezes, é o produto infeliz dos retardatários e dos ausentes.
A hora de início das tarefas precisa mostrar-se austera, entendendo-se que o instante do encerramento é variável na pauta das circunstâncias.
Aconselhável se feche disciplinarmente a porta de entrada, 15 minutos antes do horário marcado para a abertura da reunião, tempo esse que será empregado na leitura preparatória.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Centros Vitais

Do livro Evolução em Dois Mundos de André Luiz.

Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer.
Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica.
É assim que, regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundinas de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.
Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma e, conseqüentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo; o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.

domingo, 21 de agosto de 2011

Diálogo sobre a reencarnação no livro Memórias de um Suicída

Chegara ao Pavilhão Indiano pela manhã, acompanhado do assistente Ambrósio, a cuja bondade tanto devia. Passara já pelo Hospital, a despedir-se de Teócrito e seus auxiliares, em cujos corações encontrara sempre sólidas afeições; e agora nos procurava a fim de retribuir as visitas que lhe fizéramos e também despedir-se, pois que naquela mesma semana encaminhar-se-ia para o Recolhimento, a cuidar dos preparativos da reencarnação próxima. Via-se a amargura timbrar-lhe as feições, num aspecto de acabrunhamento iniludível. Jerônimo não fora jamais resignado! Desde o Vale Sinistro conhecíamo-lo como dos mais desarmonizados da nossa desarmoniosa falange!
Penalizado, alvitrei, medindo pelos meus os acicates que o deviam ferir: 

"- Por que não retardas um pouco mais a volta ao teatro dos infortúnios que te pungiram, amigo Silveira?!... Consta-me não ser obrigatório, em determinados casos, o constrangimento à volta... Quanto a mim dilatarei o mais possível a permanência aqui... a não ser que me demovam resoluções ulteriores..." 

Mas, certamente, as deliberações tomadas após a última visita que ao Isolamento fizéramos foram muito sérias e importantes, porque respondeu com ardor e veemência: 

"- Absolutamente não convém aos meus interesses pessoais dilatar por mais tempo o cumprimento do dever... que digo eu?... da sentença por mim mesmo lavrada no dia em que comecei a desviar-me da Lei Soberana que rege o Universo! Fui grandemente preparado por Irmão Santarém e Irmão Ambrósio, meus dignos tutores, para esse serviço que se impõe às minhas críticas necessidades do momento. Depois de muito ponderar, cheguei à conclusão de que devo, realmente, renovar a existência humana quanto antes, uma vez que meus erros foram graves, vultosas as minhas responsabilidades, os quais, portanto, onerando de exorbitantes débitos, agora, minha inquieta consciência, me obrigam a expungir dela os reflexos desonrosos que a ensombram, o que só poderá efetivar-se em voltando eu ao teatro das minhas infrações a fim de novamente realizar - mas realizar honrosamente - o mesmo que no passado indignamente desbaratei, inclusive
minha própria organização material!" 

"- Quererás, assim, dizer que renascerás no Porto mesmo?..." - indagamos em coro. 

"- Sim, amigos! Deus seja louvado! . . . Renascerei no Porto mesmo, como ainda ontem... Poisarei na vida objetiva em casa afazendada!... Serei novamente pessoa abastada, cuidarei de capitais financeiros, meus como alheios, enfrentarei segunda vez as rijas tentações sopradas pelo orgulho, pelas vaidades e pelo egoísmo! . . . Subirei no conceito dos meus semelhantes, considerar-me-ão personagem honrada e grada... Serei o mesmo, tal qual ontem o fui! . . . Apenas, não mais me conhecerão sob o desonrado nome de Jerônimo de Araújo Silveira, porque outro receberei ao nascer, a fim de acobertar-me da vergonha que me segue os passos... Apenas tudo isso realizarei como expiação, a terrível expiação de possuir riquezas, mais arriscada e temerosa que a da miséria, mais difícil de conceder méritos ao seu infeliz possuidor!... 

A beira de um novo berço para ainda uma vez ser homem e ressarcir antigos delitos, comove-me até às lágrimas o verificar a paternal bondade do Onipotente, concedendo-me a graça do retorno protegido pelo Esquecimento, pelo disfarce de uma nova armadura carnal, um nome novo, a fim de que minha desonra de outrora não seja por toda a sociedade em que vivi reconhecida e execrada; e eu, assim confiante e fortalecido, possa tentar a reabilitação perante a Lei Universal que de todas as formas infringi, perante mim mesmo, finalmente! . . . Pois sabei todos vós, amigos: a vergonha da desonra ruboriza-me ainda as faces espirituais, como no dia aziago em que me confiei ao suicídio, no intuito de livrar-me dela!..." 

"- Impressiona-me a tua argumentação, ó Jerônimo ! Com satisfação verifico que não foram inúteis os esforços de Irmão Santarém e Irmão Ambrósio em torno do teu caso.. ." - interveio João d'Azevedo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pergunta 116 - Livro dos Espíritos

116. Haverá Espíritos que se conservem eternamente nas ordens inferiores?

“Não; todos se tornarão perfeitos. Mudam de ordem, mas demoradamente, porquanto, como já de outra vez dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos?”

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Minutos de Sabedoria

 
Tenha equilíbrio e alegria.
Saiba ser reconhecido.
Procure ser humilde.
Não lance pedras a quem o beneficiou.
Não se julgue diminuído quando o ajudarem.
Saiba agradecer.
Quebre seu orgulho e receba com gratidão o auxílio que lhe derem.
E jamais esqueça o benefício nem o benfeitor.
O pior dos defeitos é a ingratidão, que despreza e apedreja hoje quem nos beneficiou ontem.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pai Nosso - Mateus Cap 6 - v 9 a 13.


09 Portanto, orai deste modo: 

Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 o pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores;
13 e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal.

Assim Seja!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

De Volta à Terra

Capítulo I do livro: ADOLESCENTE, MAS DE PASSAGEM de Paulo R. Santos

Nascer, morrer,  renascer  ainda e  progredir  sem  cessar,  tal  é a lei.  Esta  frase  foi inscrita  no  monumento  megalítico  que constitui  o  túmulo  de  Allan  Kardec.  Sintetiza  não  apenas  o objetivo da vida, como  também o processo existencial. Aplica-se tanto para quem está vivendo no mundo espiritual como para aqueles que estagiam na esfera material.
Enquanto  estamos  no  mundo  dos  Espíritos,  após  a última passagem  reencarnatória pela Terra, avaliamos nossos sucessos e  fracassos,  nossos  acertos  e  desacertos.  Esse  balanço existencial muitas vezes é  feito com o auxílio de Espíritos mais experientes,  cuja  sabedoria alcança aspectos  ainda  inacessíveis ao  nosso  entendimento.  Assumimos  ou  reassumimos  nossas responsabilidades  na  Espiritualidade e aguardamos  novas oportunidades de retorno à esfera mais densa da matéria.
É bem verdade que nem  todos, enquanto desencarnados, vivem em colônias ou cidades espirituais de grande elevação. Muitos, a maioria  talvez,  ainda  vive em mundos  espirituais  não propriamente  inferiores,  mas  de  pouca evolução.  Espíritos comuns,  sem  grandes  méritos  e  sem  grandes  culpas.  Nesses ambientes espirituais, ao contrário do que ainda se pensa, não se vive  uma  vida  ociosa  ou  contemplativa.  Existem  deveres  a serem  cumpridos,  tarefas  a  serem  realizadas  em  benefício próprio ou de outrem.
Nas  chamadas  zonas  purgatoriais  ou  inferiores,  os  Espíritos estagiam por maior ou menor lapso de tempo. O suficiente para repensarem  a  própria existência,  cansarem-se  da  vida  sem objetivo,  desfazerem-se  dos  resíduos  materiais  levados  no perispírito (ou corpo espiritual ou ainda, corpo astral, conforme algumas  filosofias),  mudarem  de  hábitos,  conceitos  e, principalmente, preconceitos.
Após  esse  intervalo  entre  reencarnações,  que  pode  durar  de alguns  anos  a  décadas  e mesmo  alguns séculos,  o  ser  sente-se necessitado  de  prosseguir  em  sua  marcha evolutiva.  Os  mais evoluídos  definirão  seus  próprios  rumos  com mais  liberdade.
Suas  existências  incluem  tarefas  de  interesse coletivo de maior ou menor  porte,  de acordo  com  suas  potencialidades,  ao  lado das  necessidades  pessoais  que  jamais  ficam  esquecidas, considerando-se  que  um  estágio  na  Terra é  oportunidade preciosa  demais  para  ser  desperdiçada. As  criaturas  com  uma
evolução mediana  precisarão  recorrer  aos  amigos mais  vividos para a  programação  de  sua  jornada  terrena.  Isso  para otimizar sua  reencarnação e minimizar as margens de erro. Ainda assim sabem  que  os  riscos  de  insucesso  serão  apreciáveis,  pois são pessoas  com  força  de  vontade ainda algo  indisciplinada e precisarão do amparo dos Espíritos amigos, encarnados ou não.
Quanto  àqueles  com  escasso  progresso,  serão  muitas  vezes constrangidos ao  retorno à vida corporal. Muitos deles acabam por aceitar a  reencarnação devido ao esquecimento do passado produzido  pelo mergulho na carne. Suas consciências culpadas encontrarão  algum  alívio  e com isso  ressurge a esperança e a oportunidade de reparar os erros anteriores.
Enquanto  no  mundo  espiritual  usufruímos  de capacidades  de percepção  mais  amplas  que  ficarão  bastante  limitadas  com  o processo  reencarnatório, ainda assim o Espírito  não se desliga totalmente do mundo espiritual. Durante o sono do corpo reverá os  amigos  que  o  acompanham  para  uma  troca  de  idéias  e aconselhamento. Terá ainda,  sem  dúvida,  amigos  reencarnados no  seu  convívio  com  quem  poderá contar  nos  momentos difíceis. E não ficará por aí a misericórdia divina. A intuição nos momentos  oportunos  e  o  socorro  da  prece estarão  sempre ao alcance  do  ser reencarnado.  Há  uma  grande  diferença  no comportamento  do  Espírito  enquanto  reencarnado ou desencarnado. No mundo  espiritual  temos  a certeza de  sermos “Espíritos”,  seres  imortais,  e  isso  altera  nossa compreensão da vida.  Durante  o  estágio  na  Terra,  ficamos  envolvidos  com  os apelos materiais, o corpo carnal amortece nossas percepções, o esquecimento  do  passado  gera  incertezas  e,  normalmente,  os impulsos e sentimentos inferiores prevalecem devido à condição evolutiva média do homem  terreno, ainda pouco distanciado de sua passagem pelo reino animal.
Reencarnar  é,  de certa  forma,  lançar-se ao  mar  da existência sem grandes certezas e muitas dúvidas. É desatracar o navio da vida apenas  com  os  equipamentos  conseguidos  pelo  esforço pessoal e alguma ajuda externa, daí a angústia que todo Espírito  sente ao aproximar-se a época da viagem pela Terra. Mas viver é correr riscos e o progresso  intelectual e moral se fará a partir de nossas reações durante o percurso.
Mas,  como  é  reencarnar?  Alguns  livros  e  depoimentos  de Espíritos  nos  dão  notícias  acerca  do  processo  que  pode  ser sintetizado  da  seguinte  maneira.  Após  definir  as  diretrizes principais  de  sua  futura  vida  na  Terra;  feitos  os  arranjos necessários  para  garantir  o  melhor resultado  possível  e
escolhidos  aqueles  que  irão  recebê-lo  como  filho ou  filha, geralmente dentre as pessoas de seu relacionamento, aguarda-se a  ocasião oportuna,  quando o  Espírito   sofrerá  uma  gradual perda de consciência sob os efeitos da  fluidoterapia espiritual e será ligado magneticamente aos seus pais terrenos, algum tempo depois  da concepção  decorrente  do ato  sexual. Como  se vê, o processo  reencarnatório  se  inicia muitos meses  e mesmo  anos antes  da concepção.  Dependendo  das  necessidades  e possibilidades  do  Espírito    os  cuidados serão  maiores  ou menores.  Quanto mais  evoluído mais  ele  próprio  participa do processo,  quanto  menos  evoluído  mais se entrega aos automatismos  reencarnatórios. Um  outro  detalhe  importante é que  quanto  menos  evoluído,  menor  o  intervalo  entre  uma reencarnação  e  outra.  O  ser  mais  adiantado  moral  e intelectualmente  reencarnará a  intervalos maiores porque soube aproveitar mais  as  lições  anteriores  e a Terra  pouco  terá a  lhe acrescentar por algum tempo.
O  corpo  espiritual  do  reencarnante é então,  digamos, miniaturizado  e colocado  no  útero  de  sua  futura  mãe, monitorando  a  partir  daí  a multiplicação  celular  em  função  de suas necessidades evolutivas. Durante a gestação, enquanto seu corpo  se  forma e  se  prepara  para  viver  no mundo  de matéria mais  densa,  o  Espírito   não  fica  de  todo  destituído  de percepções. Pelo contrário, estará mais sensível às emoções de seus  pais,  percebendo,  inclusive,  se é  bem-vindo ou  não. Tais sentimentos  já  passarão  a constituir  sua  personalidade  terrena, seu  caráter,  determinando  até  mesmo  neuroses  que  se manifestarão  futuramente.  Como  se  vê,  tudo  isso  demanda cuidados  por  parte  dos  Espíritos  que cuidam  dos  processos reencarnatórios e necessita da contrapartida dos pais terrenos.
A reencarnação é uma bênção ainda não avaliada de acordo com sua  importância. Muitos agem como se a vida fosse um passeio pela Terra,  uma  viagem  de  turismo. Na  realidade,  a Terra é  o ponto  de encontro  de  Espíritos  de categorias  espirituais distintas.  As  influências  recíprocas  possibilitarão  ao  ser  mais
evoluído  consolidar  virtudes  e adquirir  outras;  ao  menos evoluído aprender com aqueles. Lembremo-nos que no Mundo Espiritual  os  Espíritos se agrupam  por  laços  de afinidade, formando  grandes  famílias  espirituais  que  se  organizam  em cidades  e colônias.  Pode  ser  que  tenhamos  ao  nosso  lado, enquanto  encarnados,  seres  que amamos  e com  quem  não partilhamos  ainda  o  mesmo  ambiente extrafísico,  daí  a importância  de aproveitarmos  bem  as  oportunidades  que  nos são oferecidas  para  que,  um  dia,  possamos  estar  com  eles  na Terra e  na  Espiritualidade  Maior.  Se  você  deseja  saber  mais sobre esse  tema  leia  o  capítulo  13 do  livro  “Missionários  da Luz”,  de  André  Luiz,  espírito  ,  através  do médium  Francisco Cândido  Xavier,  publicado  pela  Federação  Espírita  Brasileira, onde se encontra descrita uma reencarnação até com minúcias.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pergunta 463 - Livro dos Espíritos

463. Diz-se comumente ser sempre bom o primeiro impulso. É exato?

“Pode ser bom ou mau, conforme a natureza do Espírito encarnado. É sempre bom naquele que atende às boas
inspirações.”

domingo, 7 de agosto de 2011

Ricos!

Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.

Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap XIII - Item 9

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sábio Chinês

"Caem as Mesquitas, os Palácios se reduzem a pó.
Mas, o CONHECIMENTO permanece. 

(Ulug Beg - sábio chinês)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Paulo de Tarso

O    tecelão de Tarso fitou o companheiro com tranqüilidade e explicou, em atitude humilde:

—    Talvez estejas enganado. Nasci para uma luta sem tréguas, que deverá prevalecer até ao fim dos meus dias. Antes de encontrar as luzes do Evangelho, errei criminosamente, embora com o sincero desejo de servir a Deus. Fracassei, muito cedo, na esperança de um lar.
Tornei-me odiado de todos, até que o Senhor se compadecesse de minha situação miserável, chamando-me às portas de Damasco. Então, estabeleceu-se um abismo entre minha alma e o passado. Abandonado pelos amigos da infância, tive de procurar o deserto e recomeçar a vida. Da tribuna do Sinédrio, regressei ao tear pesado e rústico. Quando voltei a Jerusalém, o judaísmo con-siderou-me doente e mentiroso. Em Tarso experimentei o abandono dos parentes mais caros. Em seguida, reco¬mecei em Antioquia a tarefa que me conduzia ao serviço de Deus. Desde então, trabalhei sem descanso, porque muitos séculos de serviço não dariam para pagar quanto devo ao Cristianismo. E sai às pregações. Peregrinei por diversas cidades, visitei centenas de aldeias, mas de nenhum lugar me retirei sem luta áspera. Sempre saí pela porta do cárcere, pelo apedrejamento, pelo golpe dos açoites. Nas viagens por mar, já experimentei o naufrágio mais de uma vez; nem mesmo no bojo estreito de uma embarcação, tenho podido evitar a luta. Mas Jesus me tem ensinado a sabedoria da paz interior, em perfeita comunhão de seu amor.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Léon Denis – O Apóstolo do Espiritismo

por Roberto Rufo

Como biografia direi apenas que Léon Denis nasceu a 1º de janeiro de 1846 em Goug, pequena localidade da circunscrição de Toul (França), na antiga província francesa da Lorena, atravessada pela grande ferrovia Paris – Estrasburgo. Desencarnou em Tours a 12 de abril de 1927, aos 81 anos de idade.
O que me interessa nesse artigo é a obra deste que foi para Herculano Pires o consolidador do Espiritismo e não somente um substituto e continuador de Kardec. Fez estudos doutrinários, pesquisas mediúnicas, impulsionou o movimento espírita na França e no mundo e, especialmente, aprofundou em suas obras o aspecto moral do Espiritismo.
Isso é o que deve despontar o interesse nesse grande vulto do Espiritismo; sua obra, fruto de uma atividade contínua e infatigável, ao longo de uma existência de mais de oitenta anos, exemplarmente vividos. Tal como Kardec, morreu trabalhando.
Servirei-me para análise da obra Vida e Obra de Léon Denis de Gaston Luce, coleções Vidas Missionárias” vol. 2 (Edicel), além dos próprios livros de Léon Denis, lidos com paixão, notadamente por quem ama a filosofia.
A primeira grande obra de Denis apareceu em 1890 sob o título Depois da Morte. A 1ª parte do livro apresenta as grandes religiões da Antiguidade. Na 2ª parte é exposta a filosofia espírita, e nas duas partes seguintes faz uma abordagem do mundo invisível e sua influência no mundo encarnado. A 5ª parte é onde está colocada a grande questão e eterna preocupação de Léon Denis, qual seja, a parte moral, sob o título O caminho Reto, um pequeno tratado de virtude.
Neste livro, Léon Denis trata daquilo que sempre foi objeto de suas análises, o problema do destino humano e procura solucioná-lo, explicando o porquê da vida. Tarefa difícil, mas é nesse tópico que ele defende com convicção o Espiritismo, como caminho de superação da angústia da razão do destino humano.
Cristianismo e Espiritismo apareceu em agosto de 1898. Léon Denis fez uma correlação entre o Cristianismo e o Espiritismo, sendo este um delta onde deságua aquele, abrindo, segundo Herculano Pires, as perspectivas de uma nova fase de evolução espiritual do mundo.
Em 1903 publicou O Mundo Invisível com 500 páginas de texto. “Todo adepto – escrevia na introdução – deve saber que a regra por excelência das relações com o invisível é a lei das afinidades e das atrações . . . a experimentação, no que tem de belo e de grande, não é bem sucedida com o mais sábio, mas com o mais digno, com o melhor, com aquele que tem mais paciência, mais consciência e mais moralidade”.
Em outro livro, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de 1905, Léon Denis antepõe o espiritualismo e o materialismo, numa época de negação ou afirmação gratuitas, de uma metafísica do nada. O Espiritismo, dizia ele, fornece o meio de nos livrar da dúvida; ele mostra a evolução do pensamento intuitivo, aparecendo a importância de Ciência em sua plenitude, pois o meio de atingir o conhecimento só pode ser obtido pela ciência.
Em 1911 lança O Grande Enigma: O Deus e o Universo. Segundo Denis, a existência de Deus não se demonstra como teorema, todavia deve ser concebida. Deus é manifestado pelo Universo, que é a sua representação sensível, contudo não se confunde com ele.
Outra faceta interessantíssima de Léon Denis se traduz na sua participação intensa em congressos espíritas. Desde o Congresso Espiritualista Internacional de 1889 onde Denis presidiu a comissão de propaganda. Na verdade tratava-se de um Congresso ecumênico, onde se misturavam adeptos de Kardec, de Swedenborg, cabalistas, teósofos e os rosa-cruzes. Neste primeiro Congresso aconteceram algumas desavenças teóricas, revelando-se Léon Denis como o mais seguro mantenedor da tese Kardecista.
Quando o Congresso Internacional de 1900 aconteceu em Paris, Léon Denis foi nomeado presidente. Fez a sessão de abertura, onde expressou sua confiança no Espiritualismo Moderno, embora em seu seio se defrontassem certas teses, não opostas, mas de tendências diferentes.
Em 1905, junho, aconteceu o Congresso de Liége (Bélgica), onde Léon Denis foi presidente de honra e já era chamado de apóstolo. Ele expressou que os congressos deveriam ocorrer em datas mais próximas, pois ele considerava importante uma afirmação de vitalidade dos “nossos princípios e das nossas crenças” (espiritualistas).
Bruxelas, de 14 a 18 de maio de 1910, Léon No Congresso Espírita Universal que teve lugar em Denis foi convidado apenas como delegado da França e do Brasil. Nesse Congresso, tratou-se especialmente de magnetismo, ciência psíquica e psicose. O Kardecismo foi deixado um pouco na penumbra, segundo Gaston Luce em “Vida e Obra de Léon Denis”. Léon Denis tinha então sessenta e quatro anos; e nesse Congresso ele pronunciou um dos mais notáveis discursos: A Missão do Século XX.
Em 1913, foi a Sociedade de Estudos Psíquicos de Genebra que assumiu o encargo de organizar o II Congresso Espírita Universal, sob presidência do Sr. Piguet, assistido nessa função pelos Srs. Léon Denis e Gabriel Delanne.
Léon Denis constatava que a Ciência e a Filosofia, pouco a pouco assumiam alguns conceitos espíritas. Quanto à ciência, ele critica que esta pretendia que os fenômenos se repetissem à vontade, esquecidos de que no Espiritismo estamos tratando de vontades livres.
Em 1925, de 06 a 13 de setembro, Léon Denis desempenhou os encargos da presidência do III Congresso Espírita Internacional de Paris. Estavam presentes o célebre escritor inglês Arthur Conan Doyle; o Sr. Jean Meyer, organizador do espiritismo francês. O foco principal do Congresso foi identificar o caráter científico do Espiritismo Experimental. Léon Denis, aos oitenta anos, fixou os pontos essenciais da Doutrina. O que ele considerava importante era o conceito de que o Espiritismo baseia-se na experimentação científica. Parte dos efeitos para remontar as causas, seguindo um rumo inverso ao da revelação religiosa.
Uma doutrina baseada na Ciência e Razão, se constituirá em fé universal, substituindo assim a fé particular das religiões reveladas, concluiu Léon.
Sob que sinal se apresenta esta nova fé? - pergunta Gaston Luce.
“A fé espírita desemboca, com efeito, no amor, mas postula em primeiro lugar o conhecimento da alma, do destino e de Deus. Não é somente fé, é um ensinamento, é um critério que desafia a contradição” - responde Denis.
Finalizando com Herculano Pires, a vida e a obra de Léon são o exemplo vivo dessa conjugação de razão e fé que o Espiritismo realizou plenamente, na sua extraordinária síntese espiritual.