O maior interesse dos cientistas é descobrir o Bóson de Higgs, a única peça que falta para montar o quebra-cabeças que explicaria a "materialidade" do nosso universo. Por muito tempo se acreditou que os átomos fossem a unidade indivisível da matéria. Depois, os cientistas descobriram que o próprio átomo era resultado da interação de partículas ainda mais fundamentais. E eles foram descobrindo essas partículas uma a uma. Entre quarks e léptons, férmions e bósons, são 16 partículas fundamentais: 12 partículas de matéria e 4 partículas portadoras de força.
A Partícula de Deus
O problema é que, quando consideradas individualmente, nenhuma dessas partículas tem massa. Ou seja, depois de todos os avanços científicos, ainda não sabemos o que dá "materialidade" ao nosso mundo. O Modelo Padrão, a teoria básica da Física que explica a interação de todas as partículas subatômicas, coloca todas as fichas no Bóson de Higgs, a partícula fundamental que explicaria como a massa se expressa nesse mar de energias. É por isso que os cientistas a chamam de "Partícula de Deus".
O Modelo Padrão tem um enorme poder explicativo. Toda a nossa ciência e a nossa tecnologia foram criadas a partir dele. Mas os cientistas sabem de suas deficiências. Essa teoria cobre apenas o que chamamos de "matéria ordinária", essa matéria da qual somos feitos e que pode ser detectada por nossos sentidos.
Mas, se essa teoria não explica porque temos massa, fica claro que o Modelo Padrão consegue dar boas respostas sobre como "a coisa funciona", mas ainda se cala quando a pergunta é "o que é a coisa". O Modelo Padrão também não explica a gravidade. E não pretende dar conta dos restantes 95% do nosso universo, presumivelmente preenchidos por outras duas "coisas" que não sabemos o que são: a energia escura e a matéria escura.
É por isso que se coloca tanta fé na Partícula de Deus. Ela poderia explicar a massa de todas as demais partículas. O próprio Bóson de Higgs seria algo como um campo de energia uniforme. Ao contrário da gravidade, que é mais forte onde há mais massa, esse campo energético de Higgs seria constante. Desta forma, ele poderia ser a fonte não apenas da massa da matéria ordinária, mas a fonte da própria energia escura.
Pesquisadores do Grande Colisor de Hádrons (LHC), gigantesca máquina científica perto de Genebra, na Suíça, disseram que em apenas três meses de experiências já conseguiram detectar todas as principais partículas envolvidas no nosso atual entendimento da física, o chamado Modelo Padrão.
Rolf Heuer, diretor-geral do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), responsável pelo LHC, disse na Conferência Internacional sobre a Física de Alta Energia, em Paris, que as experiências transcorrem mais rapidamente do que se esperava, entrando num estágio em que uma "nova física" irá surgir.
Isso pode incluir a aguardada prova da existência do Bóson de Higgs e a detecção da matéria escura, que supostamente constitui um quarto do universo, junto aos 5 por cento observáveis e 70 por cento de energia escura invisível.
"Este é um universo escuro, e espero que o LHC ... lance pela primeira vez luz sobre esse universo escuro", disse Heuer. "Isso vai demorar."
O LHC é um túnel circular de 27 quilômetros que cria pequenos Big Bangs ao provocar a colisão de partículas. Na atual etapa, as colisões ocorrem a cerca de metade do seu máximo nível energético - 7 tera-elétron-volts (TeV).
A máquina deve chegar perto dos 14 TeV a partir de 2013, aproximando-se das condições do Big Bang, a grande explosão que criou o universo, 13,7 bilhões de anos atrás.
Cientistas de um projeto mais antigo e com menos energia, o acelerador de partículas Tevatron, perto de Chicago, disseram na conferência que reduziram o intervalo de massa possível para o Bóson de Higgs em cerca de um quarto, com uma confiabilidade de 95 por cento.
Mas eles ainda não são capazes de alcançar a região de baixa massa onde muita gente crê que o Bóson de Higgs "vive." Trata-se de uma partícula energética teórica, que muitos cientistas acreditam que ajudou a conferir massa para a matéria disparatada lançada pelo Big Bang.
Apresentando resultados do LHC, um projeto de 10 bilhões de dólares, os cientistas disseram que aparentemente detectaram pela primeira vez na Europa o Top Quark, uma enorme e efêmera partícula antes só identificada nos Estados Unidos.
"De agora em diante, estamos em um novo território", disse Oliver Buchmueller, pesquisador graduado do Cern. "O que vamos fazer é efetivamente voltar no tempo. Quanto mais elevarmos a energia, mais perto chegamos do que estava acontecendo no Big Bang."
Em dois ou três anos saberemos se a teoria está correta ou não. Ou, talvez, nos depararemos com um mundo todo novo, que exigirá novas teorias, novos equipamentos e novas descobertas.
FONTE:
O Globo - disponível em: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2010/07/27/cientistas-se-aproximam-da-particula-divina-917248943.asp , acesso em 31/07/11
Inovação e Tecnologia - disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010805070402, acesso em 31/07/11.
Programação
"FÉ INABALÁVEL SÓ O É A QUE PODE ENCARAR FRENTE A FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE."
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quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Imperativos Cristãos
Do livro Agenda Cristã de André Luiz
Aprende — humildemente.
Ensina — praticando.
Administra — educando.
Obedece — prestativo.
Ama — edificando.
Teme — a ti mesmo.
Sofre — aproveitando.
Fala — construindo.
Ouve — sem malícia.
Ajuda — elevando.
Ampara — levantando.
sábado, 27 de agosto de 2011
Pontualidade
Do livro Desobsessão de André Luiz
Pontualidade — tema essencial no quotidiano, disciplina da vida.
Administrações não respeitam funcionários relapsos.
Em casa, estimamos nos familiares os compromissos em dia, os deveres executados com exatidão.
Habitualmente não falhamos no horário marcado pelas personalidades importantes do mundo, a fim de corresponder-lhes ao apreço.
A entrevista com um industrial...
A fala com um Ministro de Estado...
Nas lides da desobsessão, é forçoso entender que benfeitores espirituais e amigos outros desencarnados se deslocam de obrigações graves da Vida Superior, a fim de assistir-nos e socorrer-nos.
Pontualidade é sempre dever, mas na desobsessão assume caráter solene.
Não haja falha de serviço por nossa causa. Não se pode esquecer que o fracasso, na maioria das vezes, é o produto infeliz dos retardatários e dos ausentes.
A hora de início das tarefas precisa mostrar-se austera, entendendo-se que o instante do encerramento é variável na pauta das circunstâncias.
Aconselhável se feche disciplinarmente a porta de entrada, 15 minutos antes do horário marcado para a abertura da reunião, tempo esse que será empregado na leitura preparatória.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Centros Vitais
Do livro Evolução em Dois Mundos de André Luiz.
Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer.
Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica.
É assim que, regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundinas de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.
Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma e, conseqüentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo; o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.
Estudado no plano em que nos encontramos, na posição de criaturas desencarnadas, o corpo espiritual ou psicossoma é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os centros vitais que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer.
Nele possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da Inteligência, nos círculos de ação em que nos demoramos, recursos esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da evolução anímica.
É assim que, regendo a atividade funcional dos órgãos relacionados pela fisiologia terrena, nele identificamos o centro coronário, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O centro coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, assim como as peças secundinas de uma usina respondem ao comando da peça-motor de que se serve o tirocínio do homem para concatená-las e dirigi-las.
Desses centros secundários, entrelaçados no psicossoma e, conseqüentemente, no corpo físico, por redes plexiformes, destacamos o centro cerebral contíguo ao coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras; o centro laríngeo, controlando notadamente a respiração e a fonação; o centro cardíaco, dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base; o centro esplênico, determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sangüíneo; o centro gástrico, responsabilizando-se pela digestão e absorção dos alimentos densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos penetrando-nos a organização, e o centro genésico, guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas.
domingo, 21 de agosto de 2011
Diálogo sobre a reencarnação no livro Memórias de um Suicída
Chegara ao Pavilhão Indiano pela manhã, acompanhado do assistente Ambrósio, a cuja bondade tanto devia. Passara já pelo Hospital, a despedir-se de Teócrito e seus auxiliares, em cujos corações encontrara sempre sólidas afeições; e agora nos procurava a fim de retribuir as visitas que lhe fizéramos e também despedir-se, pois que naquela mesma semana encaminhar-se-ia para o Recolhimento, a cuidar dos preparativos da reencarnação próxima. Via-se a amargura timbrar-lhe as feições, num aspecto de acabrunhamento iniludível. Jerônimo não fora jamais resignado! Desde o Vale Sinistro conhecíamo-lo como dos mais desarmonizados da nossa desarmoniosa falange!
Penalizado, alvitrei, medindo pelos meus os acicates que o deviam ferir:
"- Por que não retardas um pouco mais a volta ao teatro dos infortúnios que te pungiram, amigo Silveira?!... Consta-me não ser obrigatório, em determinados casos, o constrangimento à volta... Quanto a mim dilatarei o mais possível a permanência aqui... a não ser que me demovam resoluções ulteriores..."
Mas, certamente, as deliberações tomadas após a última visita que ao Isolamento fizéramos foram muito sérias e importantes, porque respondeu com ardor e veemência:
"- Absolutamente não convém aos meus interesses pessoais dilatar por mais tempo o cumprimento do dever... que digo eu?... da sentença por mim mesmo lavrada no dia em que comecei a desviar-me da Lei Soberana que rege o Universo! Fui grandemente preparado por Irmão Santarém e Irmão Ambrósio, meus dignos tutores, para esse serviço que se impõe às minhas críticas necessidades do momento. Depois de muito ponderar, cheguei à conclusão de que devo, realmente, renovar a existência humana quanto antes, uma vez que meus erros foram graves, vultosas as minhas responsabilidades, os quais, portanto, onerando de exorbitantes débitos, agora, minha inquieta consciência, me obrigam a expungir dela os reflexos desonrosos que a ensombram, o que só poderá efetivar-se em voltando eu ao teatro das minhas infrações a fim de novamente realizar - mas realizar honrosamente - o mesmo que no passado indignamente desbaratei, inclusive
minha própria organização material!"
"- Quererás, assim, dizer que renascerás no Porto mesmo?..." - indagamos em coro.
"- Sim, amigos! Deus seja louvado! . . . Renascerei no Porto mesmo, como ainda ontem... Poisarei na vida objetiva em casa afazendada!... Serei novamente pessoa abastada, cuidarei de capitais financeiros, meus como alheios, enfrentarei segunda vez as rijas tentações sopradas pelo orgulho, pelas vaidades e pelo egoísmo! . . . Subirei no conceito dos meus semelhantes, considerar-me-ão personagem honrada e grada... Serei o mesmo, tal qual ontem o fui! . . . Apenas, não mais me conhecerão sob o desonrado nome de Jerônimo de Araújo Silveira, porque outro receberei ao nascer, a fim de acobertar-me da vergonha que me segue os passos... Apenas tudo isso realizarei como expiação, a terrível expiação de possuir riquezas, mais arriscada e temerosa que a da miséria, mais difícil de conceder méritos ao seu infeliz possuidor!...
A beira de um novo berço para ainda uma vez ser homem e ressarcir antigos delitos, comove-me até às lágrimas o verificar a paternal bondade do Onipotente, concedendo-me a graça do retorno protegido pelo Esquecimento, pelo disfarce de uma nova armadura carnal, um nome novo, a fim de que minha desonra de outrora não seja por toda a sociedade em que vivi reconhecida e execrada; e eu, assim confiante e fortalecido, possa tentar a reabilitação perante a Lei Universal que de todas as formas infringi, perante mim mesmo, finalmente! . . . Pois sabei todos vós, amigos: a vergonha da desonra ruboriza-me ainda as faces espirituais, como no dia aziago em que me confiei ao suicídio, no intuito de livrar-me dela!..."
"- Impressiona-me a tua argumentação, ó Jerônimo ! Com satisfação verifico que não foram inúteis os esforços de Irmão Santarém e Irmão Ambrósio em torno do teu caso.. ." - interveio João d'Azevedo.
Penalizado, alvitrei, medindo pelos meus os acicates que o deviam ferir:
"- Por que não retardas um pouco mais a volta ao teatro dos infortúnios que te pungiram, amigo Silveira?!... Consta-me não ser obrigatório, em determinados casos, o constrangimento à volta... Quanto a mim dilatarei o mais possível a permanência aqui... a não ser que me demovam resoluções ulteriores..."
Mas, certamente, as deliberações tomadas após a última visita que ao Isolamento fizéramos foram muito sérias e importantes, porque respondeu com ardor e veemência:
"- Absolutamente não convém aos meus interesses pessoais dilatar por mais tempo o cumprimento do dever... que digo eu?... da sentença por mim mesmo lavrada no dia em que comecei a desviar-me da Lei Soberana que rege o Universo! Fui grandemente preparado por Irmão Santarém e Irmão Ambrósio, meus dignos tutores, para esse serviço que se impõe às minhas críticas necessidades do momento. Depois de muito ponderar, cheguei à conclusão de que devo, realmente, renovar a existência humana quanto antes, uma vez que meus erros foram graves, vultosas as minhas responsabilidades, os quais, portanto, onerando de exorbitantes débitos, agora, minha inquieta consciência, me obrigam a expungir dela os reflexos desonrosos que a ensombram, o que só poderá efetivar-se em voltando eu ao teatro das minhas infrações a fim de novamente realizar - mas realizar honrosamente - o mesmo que no passado indignamente desbaratei, inclusive
minha própria organização material!"
"- Quererás, assim, dizer que renascerás no Porto mesmo?..." - indagamos em coro.
"- Sim, amigos! Deus seja louvado! . . . Renascerei no Porto mesmo, como ainda ontem... Poisarei na vida objetiva em casa afazendada!... Serei novamente pessoa abastada, cuidarei de capitais financeiros, meus como alheios, enfrentarei segunda vez as rijas tentações sopradas pelo orgulho, pelas vaidades e pelo egoísmo! . . . Subirei no conceito dos meus semelhantes, considerar-me-ão personagem honrada e grada... Serei o mesmo, tal qual ontem o fui! . . . Apenas, não mais me conhecerão sob o desonrado nome de Jerônimo de Araújo Silveira, porque outro receberei ao nascer, a fim de acobertar-me da vergonha que me segue os passos... Apenas tudo isso realizarei como expiação, a terrível expiação de possuir riquezas, mais arriscada e temerosa que a da miséria, mais difícil de conceder méritos ao seu infeliz possuidor!...
A beira de um novo berço para ainda uma vez ser homem e ressarcir antigos delitos, comove-me até às lágrimas o verificar a paternal bondade do Onipotente, concedendo-me a graça do retorno protegido pelo Esquecimento, pelo disfarce de uma nova armadura carnal, um nome novo, a fim de que minha desonra de outrora não seja por toda a sociedade em que vivi reconhecida e execrada; e eu, assim confiante e fortalecido, possa tentar a reabilitação perante a Lei Universal que de todas as formas infringi, perante mim mesmo, finalmente! . . . Pois sabei todos vós, amigos: a vergonha da desonra ruboriza-me ainda as faces espirituais, como no dia aziago em que me confiei ao suicídio, no intuito de livrar-me dela!..."
"- Impressiona-me a tua argumentação, ó Jerônimo ! Com satisfação verifico que não foram inúteis os esforços de Irmão Santarém e Irmão Ambrósio em torno do teu caso.. ." - interveio João d'Azevedo.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Pergunta 116 - Livro dos Espíritos
116. Haverá Espíritos que se conservem eternamente nas ordens inferiores?
“Não; todos se tornarão perfeitos. Mudam de ordem, mas demoradamente, porquanto, como já de outra vez dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos?”
“Não; todos se tornarão perfeitos. Mudam de ordem, mas demoradamente, porquanto, como já de outra vez dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos?”
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Minutos de Sabedoria
Tenha equilíbrio e alegria.
Saiba ser reconhecido.
Procure ser humilde.
Não lance pedras a quem o beneficiou.
Não se julgue diminuído quando o ajudarem.
Saiba agradecer.
Quebre seu orgulho e receba com gratidão o auxílio que lhe derem.
E jamais esqueça o benefício nem o benfeitor.
O pior dos defeitos é a ingratidão, que despreza e apedreja hoje quem nos beneficiou ontem.
sábado, 13 de agosto de 2011
Pai Nosso - Mateus Cap 6 - v 9 a 13.
09 Portanto, orai deste modo:
Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 o pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores;
13 e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal.
Assim Seja!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
De Volta à Terra
Capítulo I do livro: ADOLESCENTE, MAS DE PASSAGEM de Paulo R. Santos
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei. Esta frase foi inscrita no monumento megalítico que constitui o túmulo de Allan Kardec. Sintetiza não apenas o objetivo da vida, como também o processo existencial. Aplica-se tanto para quem está vivendo no mundo espiritual como para aqueles que estagiam na esfera material.
Enquanto estamos no mundo dos Espíritos, após a última passagem reencarnatória pela Terra, avaliamos nossos sucessos e fracassos, nossos acertos e desacertos. Esse balanço existencial muitas vezes é feito com o auxílio de Espíritos mais experientes, cuja sabedoria alcança aspectos ainda inacessíveis ao nosso entendimento. Assumimos ou reassumimos nossas responsabilidades na Espiritualidade e aguardamos novas oportunidades de retorno à esfera mais densa da matéria.
É bem verdade que nem todos, enquanto desencarnados, vivem em colônias ou cidades espirituais de grande elevação. Muitos, a maioria talvez, ainda vive em mundos espirituais não propriamente inferiores, mas de pouca evolução. Espíritos comuns, sem grandes méritos e sem grandes culpas. Nesses ambientes espirituais, ao contrário do que ainda se pensa, não se vive uma vida ociosa ou contemplativa. Existem deveres a serem cumpridos, tarefas a serem realizadas em benefício próprio ou de outrem.
Nas chamadas zonas purgatoriais ou inferiores, os Espíritos estagiam por maior ou menor lapso de tempo. O suficiente para repensarem a própria existência, cansarem-se da vida sem objetivo, desfazerem-se dos resíduos materiais levados no perispírito (ou corpo espiritual ou ainda, corpo astral, conforme algumas filosofias), mudarem de hábitos, conceitos e, principalmente, preconceitos.
Após esse intervalo entre reencarnações, que pode durar de alguns anos a décadas e mesmo alguns séculos, o ser sente-se necessitado de prosseguir em sua marcha evolutiva. Os mais evoluídos definirão seus próprios rumos com mais liberdade.
Suas existências incluem tarefas de interesse coletivo de maior ou menor porte, de acordo com suas potencialidades, ao lado das necessidades pessoais que jamais ficam esquecidas, considerando-se que um estágio na Terra é oportunidade preciosa demais para ser desperdiçada. As criaturas com uma
evolução mediana precisarão recorrer aos amigos mais vividos para a programação de sua jornada terrena. Isso para otimizar sua reencarnação e minimizar as margens de erro. Ainda assim sabem que os riscos de insucesso serão apreciáveis, pois são pessoas com força de vontade ainda algo indisciplinada e precisarão do amparo dos Espíritos amigos, encarnados ou não.
Quanto àqueles com escasso progresso, serão muitas vezes constrangidos ao retorno à vida corporal. Muitos deles acabam por aceitar a reencarnação devido ao esquecimento do passado produzido pelo mergulho na carne. Suas consciências culpadas encontrarão algum alívio e com isso ressurge a esperança e a oportunidade de reparar os erros anteriores.
Enquanto no mundo espiritual usufruímos de capacidades de percepção mais amplas que ficarão bastante limitadas com o processo reencarnatório, ainda assim o Espírito não se desliga totalmente do mundo espiritual. Durante o sono do corpo reverá os amigos que o acompanham para uma troca de idéias e aconselhamento. Terá ainda, sem dúvida, amigos reencarnados no seu convívio com quem poderá contar nos momentos difíceis. E não ficará por aí a misericórdia divina. A intuição nos momentos oportunos e o socorro da prece estarão sempre ao alcance do ser reencarnado. Há uma grande diferença no comportamento do Espírito enquanto reencarnado ou desencarnado. No mundo espiritual temos a certeza de sermos “Espíritos”, seres imortais, e isso altera nossa compreensão da vida. Durante o estágio na Terra, ficamos envolvidos com os apelos materiais, o corpo carnal amortece nossas percepções, o esquecimento do passado gera incertezas e, normalmente, os impulsos e sentimentos inferiores prevalecem devido à condição evolutiva média do homem terreno, ainda pouco distanciado de sua passagem pelo reino animal.
Reencarnar é, de certa forma, lançar-se ao mar da existência sem grandes certezas e muitas dúvidas. É desatracar o navio da vida apenas com os equipamentos conseguidos pelo esforço pessoal e alguma ajuda externa, daí a angústia que todo Espírito sente ao aproximar-se a época da viagem pela Terra. Mas viver é correr riscos e o progresso intelectual e moral se fará a partir de nossas reações durante o percurso.
Mas, como é reencarnar? Alguns livros e depoimentos de Espíritos nos dão notícias acerca do processo que pode ser sintetizado da seguinte maneira. Após definir as diretrizes principais de sua futura vida na Terra; feitos os arranjos necessários para garantir o melhor resultado possível e
escolhidos aqueles que irão recebê-lo como filho ou filha, geralmente dentre as pessoas de seu relacionamento, aguarda-se a ocasião oportuna, quando o Espírito sofrerá uma gradual perda de consciência sob os efeitos da fluidoterapia espiritual e será ligado magneticamente aos seus pais terrenos, algum tempo depois da concepção decorrente do ato sexual. Como se vê, o processo reencarnatório se inicia muitos meses e mesmo anos antes da concepção. Dependendo das necessidades e possibilidades do Espírito os cuidados serão maiores ou menores. Quanto mais evoluído mais ele próprio participa do processo, quanto menos evoluído mais se entrega aos automatismos reencarnatórios. Um outro detalhe importante é que quanto menos evoluído, menor o intervalo entre uma reencarnação e outra. O ser mais adiantado moral e intelectualmente reencarnará a intervalos maiores porque soube aproveitar mais as lições anteriores e a Terra pouco terá a lhe acrescentar por algum tempo.
O corpo espiritual do reencarnante é então, digamos, miniaturizado e colocado no útero de sua futura mãe, monitorando a partir daí a multiplicação celular em função de suas necessidades evolutivas. Durante a gestação, enquanto seu corpo se forma e se prepara para viver no mundo de matéria mais densa, o Espírito não fica de todo destituído de percepções. Pelo contrário, estará mais sensível às emoções de seus pais, percebendo, inclusive, se é bem-vindo ou não. Tais sentimentos já passarão a constituir sua personalidade terrena, seu caráter, determinando até mesmo neuroses que se manifestarão futuramente. Como se vê, tudo isso demanda cuidados por parte dos Espíritos que cuidam dos processos reencarnatórios e necessita da contrapartida dos pais terrenos.
A reencarnação é uma bênção ainda não avaliada de acordo com sua importância. Muitos agem como se a vida fosse um passeio pela Terra, uma viagem de turismo. Na realidade, a Terra é o ponto de encontro de Espíritos de categorias espirituais distintas. As influências recíprocas possibilitarão ao ser mais
evoluído consolidar virtudes e adquirir outras; ao menos evoluído aprender com aqueles. Lembremo-nos que no Mundo Espiritual os Espíritos se agrupam por laços de afinidade, formando grandes famílias espirituais que se organizam em cidades e colônias. Pode ser que tenhamos ao nosso lado, enquanto encarnados, seres que amamos e com quem não partilhamos ainda o mesmo ambiente extrafísico, daí a importância de aproveitarmos bem as oportunidades que nos são oferecidas para que, um dia, possamos estar com eles na Terra e na Espiritualidade Maior. Se você deseja saber mais sobre esse tema leia o capítulo 13 do livro “Missionários da Luz”, de André Luiz, espírito , através do médium Francisco Cândido Xavier, publicado pela Federação Espírita Brasileira, onde se encontra descrita uma reencarnação até com minúcias.
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei. Esta frase foi inscrita no monumento megalítico que constitui o túmulo de Allan Kardec. Sintetiza não apenas o objetivo da vida, como também o processo existencial. Aplica-se tanto para quem está vivendo no mundo espiritual como para aqueles que estagiam na esfera material.
Enquanto estamos no mundo dos Espíritos, após a última passagem reencarnatória pela Terra, avaliamos nossos sucessos e fracassos, nossos acertos e desacertos. Esse balanço existencial muitas vezes é feito com o auxílio de Espíritos mais experientes, cuja sabedoria alcança aspectos ainda inacessíveis ao nosso entendimento. Assumimos ou reassumimos nossas responsabilidades na Espiritualidade e aguardamos novas oportunidades de retorno à esfera mais densa da matéria.
É bem verdade que nem todos, enquanto desencarnados, vivem em colônias ou cidades espirituais de grande elevação. Muitos, a maioria talvez, ainda vive em mundos espirituais não propriamente inferiores, mas de pouca evolução. Espíritos comuns, sem grandes méritos e sem grandes culpas. Nesses ambientes espirituais, ao contrário do que ainda se pensa, não se vive uma vida ociosa ou contemplativa. Existem deveres a serem cumpridos, tarefas a serem realizadas em benefício próprio ou de outrem.
Nas chamadas zonas purgatoriais ou inferiores, os Espíritos estagiam por maior ou menor lapso de tempo. O suficiente para repensarem a própria existência, cansarem-se da vida sem objetivo, desfazerem-se dos resíduos materiais levados no perispírito (ou corpo espiritual ou ainda, corpo astral, conforme algumas filosofias), mudarem de hábitos, conceitos e, principalmente, preconceitos.
Após esse intervalo entre reencarnações, que pode durar de alguns anos a décadas e mesmo alguns séculos, o ser sente-se necessitado de prosseguir em sua marcha evolutiva. Os mais evoluídos definirão seus próprios rumos com mais liberdade.
Suas existências incluem tarefas de interesse coletivo de maior ou menor porte, de acordo com suas potencialidades, ao lado das necessidades pessoais que jamais ficam esquecidas, considerando-se que um estágio na Terra é oportunidade preciosa demais para ser desperdiçada. As criaturas com uma
evolução mediana precisarão recorrer aos amigos mais vividos para a programação de sua jornada terrena. Isso para otimizar sua reencarnação e minimizar as margens de erro. Ainda assim sabem que os riscos de insucesso serão apreciáveis, pois são pessoas com força de vontade ainda algo indisciplinada e precisarão do amparo dos Espíritos amigos, encarnados ou não.
Quanto àqueles com escasso progresso, serão muitas vezes constrangidos ao retorno à vida corporal. Muitos deles acabam por aceitar a reencarnação devido ao esquecimento do passado produzido pelo mergulho na carne. Suas consciências culpadas encontrarão algum alívio e com isso ressurge a esperança e a oportunidade de reparar os erros anteriores.
Enquanto no mundo espiritual usufruímos de capacidades de percepção mais amplas que ficarão bastante limitadas com o processo reencarnatório, ainda assim o Espírito não se desliga totalmente do mundo espiritual. Durante o sono do corpo reverá os amigos que o acompanham para uma troca de idéias e aconselhamento. Terá ainda, sem dúvida, amigos reencarnados no seu convívio com quem poderá contar nos momentos difíceis. E não ficará por aí a misericórdia divina. A intuição nos momentos oportunos e o socorro da prece estarão sempre ao alcance do ser reencarnado. Há uma grande diferença no comportamento do Espírito enquanto reencarnado ou desencarnado. No mundo espiritual temos a certeza de sermos “Espíritos”, seres imortais, e isso altera nossa compreensão da vida. Durante o estágio na Terra, ficamos envolvidos com os apelos materiais, o corpo carnal amortece nossas percepções, o esquecimento do passado gera incertezas e, normalmente, os impulsos e sentimentos inferiores prevalecem devido à condição evolutiva média do homem terreno, ainda pouco distanciado de sua passagem pelo reino animal.
Reencarnar é, de certa forma, lançar-se ao mar da existência sem grandes certezas e muitas dúvidas. É desatracar o navio da vida apenas com os equipamentos conseguidos pelo esforço pessoal e alguma ajuda externa, daí a angústia que todo Espírito sente ao aproximar-se a época da viagem pela Terra. Mas viver é correr riscos e o progresso intelectual e moral se fará a partir de nossas reações durante o percurso.
Mas, como é reencarnar? Alguns livros e depoimentos de Espíritos nos dão notícias acerca do processo que pode ser sintetizado da seguinte maneira. Após definir as diretrizes principais de sua futura vida na Terra; feitos os arranjos necessários para garantir o melhor resultado possível e
escolhidos aqueles que irão recebê-lo como filho ou filha, geralmente dentre as pessoas de seu relacionamento, aguarda-se a ocasião oportuna, quando o Espírito sofrerá uma gradual perda de consciência sob os efeitos da fluidoterapia espiritual e será ligado magneticamente aos seus pais terrenos, algum tempo depois da concepção decorrente do ato sexual. Como se vê, o processo reencarnatório se inicia muitos meses e mesmo anos antes da concepção. Dependendo das necessidades e possibilidades do Espírito os cuidados serão maiores ou menores. Quanto mais evoluído mais ele próprio participa do processo, quanto menos evoluído mais se entrega aos automatismos reencarnatórios. Um outro detalhe importante é que quanto menos evoluído, menor o intervalo entre uma reencarnação e outra. O ser mais adiantado moral e intelectualmente reencarnará a intervalos maiores porque soube aproveitar mais as lições anteriores e a Terra pouco terá a lhe acrescentar por algum tempo.
O corpo espiritual do reencarnante é então, digamos, miniaturizado e colocado no útero de sua futura mãe, monitorando a partir daí a multiplicação celular em função de suas necessidades evolutivas. Durante a gestação, enquanto seu corpo se forma e se prepara para viver no mundo de matéria mais densa, o Espírito não fica de todo destituído de percepções. Pelo contrário, estará mais sensível às emoções de seus pais, percebendo, inclusive, se é bem-vindo ou não. Tais sentimentos já passarão a constituir sua personalidade terrena, seu caráter, determinando até mesmo neuroses que se manifestarão futuramente. Como se vê, tudo isso demanda cuidados por parte dos Espíritos que cuidam dos processos reencarnatórios e necessita da contrapartida dos pais terrenos.
A reencarnação é uma bênção ainda não avaliada de acordo com sua importância. Muitos agem como se a vida fosse um passeio pela Terra, uma viagem de turismo. Na realidade, a Terra é o ponto de encontro de Espíritos de categorias espirituais distintas. As influências recíprocas possibilitarão ao ser mais
evoluído consolidar virtudes e adquirir outras; ao menos evoluído aprender com aqueles. Lembremo-nos que no Mundo Espiritual os Espíritos se agrupam por laços de afinidade, formando grandes famílias espirituais que se organizam em cidades e colônias. Pode ser que tenhamos ao nosso lado, enquanto encarnados, seres que amamos e com quem não partilhamos ainda o mesmo ambiente extrafísico, daí a importância de aproveitarmos bem as oportunidades que nos são oferecidas para que, um dia, possamos estar com eles na Terra e na Espiritualidade Maior. Se você deseja saber mais sobre esse tema leia o capítulo 13 do livro “Missionários da Luz”, de André Luiz, espírito , através do médium Francisco Cândido Xavier, publicado pela Federação Espírita Brasileira, onde se encontra descrita uma reencarnação até com minúcias.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Pergunta 463 - Livro dos Espíritos
463. Diz-se comumente ser sempre bom o primeiro impulso. É exato?
“Pode ser bom ou mau, conforme a natureza do Espírito encarnado. É sempre bom naquele que atende às boas
inspirações.”
“Pode ser bom ou mau, conforme a natureza do Espírito encarnado. É sempre bom naquele que atende às boas
inspirações.”
domingo, 7 de agosto de 2011
Ricos!
Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.
Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap XIII - Item 9
Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap XIII - Item 9
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Sábio Chinês
"Caem as Mesquitas, os Palácios se reduzem a pó.
Mas, o CONHECIMENTO permanece.
(Ulug Beg - sábio chinês)
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Paulo de Tarso
O tecelão de Tarso fitou o companheiro com tranqüilidade e explicou, em atitude humilde:
— Talvez estejas enganado. Nasci para uma luta sem tréguas, que deverá prevalecer até ao fim dos meus dias. Antes de encontrar as luzes do Evangelho, errei criminosamente, embora com o sincero desejo de servir a Deus. Fracassei, muito cedo, na esperança de um lar.
Tornei-me odiado de todos, até que o Senhor se compadecesse de minha situação miserável, chamando-me às portas de Damasco. Então, estabeleceu-se um abismo entre minha alma e o passado. Abandonado pelos amigos da infância, tive de procurar o deserto e recomeçar a vida. Da tribuna do Sinédrio, regressei ao tear pesado e rústico. Quando voltei a Jerusalém, o judaísmo con-siderou-me doente e mentiroso. Em Tarso experimentei o abandono dos parentes mais caros. Em seguida, reco¬mecei em Antioquia a tarefa que me conduzia ao serviço de Deus. Desde então, trabalhei sem descanso, porque muitos séculos de serviço não dariam para pagar quanto devo ao Cristianismo. E sai às pregações. Peregrinei por diversas cidades, visitei centenas de aldeias, mas de nenhum lugar me retirei sem luta áspera. Sempre saí pela porta do cárcere, pelo apedrejamento, pelo golpe dos açoites. Nas viagens por mar, já experimentei o naufrágio mais de uma vez; nem mesmo no bojo estreito de uma embarcação, tenho podido evitar a luta. Mas Jesus me tem ensinado a sabedoria da paz interior, em perfeita comunhão de seu amor.
— Talvez estejas enganado. Nasci para uma luta sem tréguas, que deverá prevalecer até ao fim dos meus dias. Antes de encontrar as luzes do Evangelho, errei criminosamente, embora com o sincero desejo de servir a Deus. Fracassei, muito cedo, na esperança de um lar.
Tornei-me odiado de todos, até que o Senhor se compadecesse de minha situação miserável, chamando-me às portas de Damasco. Então, estabeleceu-se um abismo entre minha alma e o passado. Abandonado pelos amigos da infância, tive de procurar o deserto e recomeçar a vida. Da tribuna do Sinédrio, regressei ao tear pesado e rústico. Quando voltei a Jerusalém, o judaísmo con-siderou-me doente e mentiroso. Em Tarso experimentei o abandono dos parentes mais caros. Em seguida, reco¬mecei em Antioquia a tarefa que me conduzia ao serviço de Deus. Desde então, trabalhei sem descanso, porque muitos séculos de serviço não dariam para pagar quanto devo ao Cristianismo. E sai às pregações. Peregrinei por diversas cidades, visitei centenas de aldeias, mas de nenhum lugar me retirei sem luta áspera. Sempre saí pela porta do cárcere, pelo apedrejamento, pelo golpe dos açoites. Nas viagens por mar, já experimentei o naufrágio mais de uma vez; nem mesmo no bojo estreito de uma embarcação, tenho podido evitar a luta. Mas Jesus me tem ensinado a sabedoria da paz interior, em perfeita comunhão de seu amor.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Léon Denis – O Apóstolo do Espiritismo
por Roberto Rufo
Como biografia direi apenas que Léon Denis nasceu a 1º de janeiro de 1846 em Goug, pequena localidade da circunscrição de Toul (França), na antiga província francesa da Lorena, atravessada pela grande ferrovia Paris – Estrasburgo. Desencarnou em Tours a 12 de abril de 1927, aos 81 anos de idade.
O que me interessa nesse artigo é a obra deste que foi para Herculano Pires o consolidador do Espiritismo e não somente um substituto e continuador de Kardec. Fez estudos doutrinários, pesquisas mediúnicas, impulsionou o movimento espírita na França e no mundo e, especialmente, aprofundou em suas obras o aspecto moral do Espiritismo.
Isso é o que deve despontar o interesse nesse grande vulto do Espiritismo; sua obra, fruto de uma atividade contínua e infatigável, ao longo de uma existência de mais de oitenta anos, exemplarmente vividos. Tal como Kardec, morreu trabalhando.
Servirei-me para análise da obra Vida e Obra de Léon Denis de Gaston Luce, coleções Vidas Missionárias” vol. 2 (Edicel), além dos próprios livros de Léon Denis, lidos com paixão, notadamente por quem ama a filosofia.
A primeira grande obra de Denis apareceu em 1890 sob o título Depois da Morte. A 1ª parte do livro apresenta as grandes religiões da Antiguidade. Na 2ª parte é exposta a filosofia espírita, e nas duas partes seguintes faz uma abordagem do mundo invisível e sua influência no mundo encarnado. A 5ª parte é onde está colocada a grande questão e eterna preocupação de Léon Denis, qual seja, a parte moral, sob o título O caminho Reto, um pequeno tratado de virtude.
Neste livro, Léon Denis trata daquilo que sempre foi objeto de suas análises, o problema do destino humano e procura solucioná-lo, explicando o porquê da vida. Tarefa difícil, mas é nesse tópico que ele defende com convicção o Espiritismo, como caminho de superação da angústia da razão do destino humano.
Cristianismo e Espiritismo apareceu em agosto de 1898. Léon Denis fez uma correlação entre o Cristianismo e o Espiritismo, sendo este um delta onde deságua aquele, abrindo, segundo Herculano Pires, as perspectivas de uma nova fase de evolução espiritual do mundo.
Em 1903 publicou O Mundo Invisível com 500 páginas de texto. “Todo adepto – escrevia na introdução – deve saber que a regra por excelência das relações com o invisível é a lei das afinidades e das atrações . . . a experimentação, no que tem de belo e de grande, não é bem sucedida com o mais sábio, mas com o mais digno, com o melhor, com aquele que tem mais paciência, mais consciência e mais moralidade”.
Em outro livro, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de 1905, Léon Denis antepõe o espiritualismo e o materialismo, numa época de negação ou afirmação gratuitas, de uma metafísica do nada. O Espiritismo, dizia ele, fornece o meio de nos livrar da dúvida; ele mostra a evolução do pensamento intuitivo, aparecendo a importância de Ciência em sua plenitude, pois o meio de atingir o conhecimento só pode ser obtido pela ciência.
Em 1911 lança O Grande Enigma: O Deus e o Universo. Segundo Denis, a existência de Deus não se demonstra como teorema, todavia deve ser concebida. Deus é manifestado pelo Universo, que é a sua representação sensível, contudo não se confunde com ele.
Outra faceta interessantíssima de Léon Denis se traduz na sua participação intensa em congressos espíritas. Desde o Congresso Espiritualista Internacional de 1889 onde Denis presidiu a comissão de propaganda. Na verdade tratava-se de um Congresso ecumênico, onde se misturavam adeptos de Kardec, de Swedenborg, cabalistas, teósofos e os rosa-cruzes. Neste primeiro Congresso aconteceram algumas desavenças teóricas, revelando-se Léon Denis como o mais seguro mantenedor da tese Kardecista.
Quando o Congresso Internacional de 1900 aconteceu em Paris, Léon Denis foi nomeado presidente. Fez a sessão de abertura, onde expressou sua confiança no Espiritualismo Moderno, embora em seu seio se defrontassem certas teses, não opostas, mas de tendências diferentes.
Em 1905, junho, aconteceu o Congresso de Liége (Bélgica), onde Léon Denis foi presidente de honra e já era chamado de apóstolo. Ele expressou que os congressos deveriam ocorrer em datas mais próximas, pois ele considerava importante uma afirmação de vitalidade dos “nossos princípios e das nossas crenças” (espiritualistas).
Bruxelas, de 14 a 18 de maio de 1910, Léon No Congresso Espírita Universal que teve lugar em Denis foi convidado apenas como delegado da França e do Brasil. Nesse Congresso, tratou-se especialmente de magnetismo, ciência psíquica e psicose. O Kardecismo foi deixado um pouco na penumbra, segundo Gaston Luce em “Vida e Obra de Léon Denis”. Léon Denis tinha então sessenta e quatro anos; e nesse Congresso ele pronunciou um dos mais notáveis discursos: A Missão do Século XX.
Em 1913, foi a Sociedade de Estudos Psíquicos de Genebra que assumiu o encargo de organizar o II Congresso Espírita Universal, sob presidência do Sr. Piguet, assistido nessa função pelos Srs. Léon Denis e Gabriel Delanne.
Léon Denis constatava que a Ciência e a Filosofia, pouco a pouco assumiam alguns conceitos espíritas. Quanto à ciência, ele critica que esta pretendia que os fenômenos se repetissem à vontade, esquecidos de que no Espiritismo estamos tratando de vontades livres.
Em 1925, de 06 a 13 de setembro, Léon Denis desempenhou os encargos da presidência do III Congresso Espírita Internacional de Paris. Estavam presentes o célebre escritor inglês Arthur Conan Doyle; o Sr. Jean Meyer, organizador do espiritismo francês. O foco principal do Congresso foi identificar o caráter científico do Espiritismo Experimental. Léon Denis, aos oitenta anos, fixou os pontos essenciais da Doutrina. O que ele considerava importante era o conceito de que o Espiritismo baseia-se na experimentação científica. Parte dos efeitos para remontar as causas, seguindo um rumo inverso ao da revelação religiosa.
Uma doutrina baseada na Ciência e Razão, se constituirá em fé universal, substituindo assim a fé particular das religiões reveladas, concluiu Léon.
Sob que sinal se apresenta esta nova fé? - pergunta Gaston Luce.
“A fé espírita desemboca, com efeito, no amor, mas postula em primeiro lugar o conhecimento da alma, do destino e de Deus. Não é somente fé, é um ensinamento, é um critério que desafia a contradição” - responde Denis.
Finalizando com Herculano Pires, a vida e a obra de Léon são o exemplo vivo dessa conjugação de razão e fé que o Espiritismo realizou plenamente, na sua extraordinária síntese espiritual.
Como biografia direi apenas que Léon Denis nasceu a 1º de janeiro de 1846 em Goug, pequena localidade da circunscrição de Toul (França), na antiga província francesa da Lorena, atravessada pela grande ferrovia Paris – Estrasburgo. Desencarnou em Tours a 12 de abril de 1927, aos 81 anos de idade.
O que me interessa nesse artigo é a obra deste que foi para Herculano Pires o consolidador do Espiritismo e não somente um substituto e continuador de Kardec. Fez estudos doutrinários, pesquisas mediúnicas, impulsionou o movimento espírita na França e no mundo e, especialmente, aprofundou em suas obras o aspecto moral do Espiritismo.
Isso é o que deve despontar o interesse nesse grande vulto do Espiritismo; sua obra, fruto de uma atividade contínua e infatigável, ao longo de uma existência de mais de oitenta anos, exemplarmente vividos. Tal como Kardec, morreu trabalhando.
Servirei-me para análise da obra Vida e Obra de Léon Denis de Gaston Luce, coleções Vidas Missionárias” vol. 2 (Edicel), além dos próprios livros de Léon Denis, lidos com paixão, notadamente por quem ama a filosofia.
A primeira grande obra de Denis apareceu em 1890 sob o título Depois da Morte. A 1ª parte do livro apresenta as grandes religiões da Antiguidade. Na 2ª parte é exposta a filosofia espírita, e nas duas partes seguintes faz uma abordagem do mundo invisível e sua influência no mundo encarnado. A 5ª parte é onde está colocada a grande questão e eterna preocupação de Léon Denis, qual seja, a parte moral, sob o título O caminho Reto, um pequeno tratado de virtude.
Neste livro, Léon Denis trata daquilo que sempre foi objeto de suas análises, o problema do destino humano e procura solucioná-lo, explicando o porquê da vida. Tarefa difícil, mas é nesse tópico que ele defende com convicção o Espiritismo, como caminho de superação da angústia da razão do destino humano.
Cristianismo e Espiritismo apareceu em agosto de 1898. Léon Denis fez uma correlação entre o Cristianismo e o Espiritismo, sendo este um delta onde deságua aquele, abrindo, segundo Herculano Pires, as perspectivas de uma nova fase de evolução espiritual do mundo.
Em 1903 publicou O Mundo Invisível com 500 páginas de texto. “Todo adepto – escrevia na introdução – deve saber que a regra por excelência das relações com o invisível é a lei das afinidades e das atrações . . . a experimentação, no que tem de belo e de grande, não é bem sucedida com o mais sábio, mas com o mais digno, com o melhor, com aquele que tem mais paciência, mais consciência e mais moralidade”.
Em outro livro, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de 1905, Léon Denis antepõe o espiritualismo e o materialismo, numa época de negação ou afirmação gratuitas, de uma metafísica do nada. O Espiritismo, dizia ele, fornece o meio de nos livrar da dúvida; ele mostra a evolução do pensamento intuitivo, aparecendo a importância de Ciência em sua plenitude, pois o meio de atingir o conhecimento só pode ser obtido pela ciência.
Em 1911 lança O Grande Enigma: O Deus e o Universo. Segundo Denis, a existência de Deus não se demonstra como teorema, todavia deve ser concebida. Deus é manifestado pelo Universo, que é a sua representação sensível, contudo não se confunde com ele.
Outra faceta interessantíssima de Léon Denis se traduz na sua participação intensa em congressos espíritas. Desde o Congresso Espiritualista Internacional de 1889 onde Denis presidiu a comissão de propaganda. Na verdade tratava-se de um Congresso ecumênico, onde se misturavam adeptos de Kardec, de Swedenborg, cabalistas, teósofos e os rosa-cruzes. Neste primeiro Congresso aconteceram algumas desavenças teóricas, revelando-se Léon Denis como o mais seguro mantenedor da tese Kardecista.
Quando o Congresso Internacional de 1900 aconteceu em Paris, Léon Denis foi nomeado presidente. Fez a sessão de abertura, onde expressou sua confiança no Espiritualismo Moderno, embora em seu seio se defrontassem certas teses, não opostas, mas de tendências diferentes.
Em 1905, junho, aconteceu o Congresso de Liége (Bélgica), onde Léon Denis foi presidente de honra e já era chamado de apóstolo. Ele expressou que os congressos deveriam ocorrer em datas mais próximas, pois ele considerava importante uma afirmação de vitalidade dos “nossos princípios e das nossas crenças” (espiritualistas).
Bruxelas, de 14 a 18 de maio de 1910, Léon No Congresso Espírita Universal que teve lugar em Denis foi convidado apenas como delegado da França e do Brasil. Nesse Congresso, tratou-se especialmente de magnetismo, ciência psíquica e psicose. O Kardecismo foi deixado um pouco na penumbra, segundo Gaston Luce em “Vida e Obra de Léon Denis”. Léon Denis tinha então sessenta e quatro anos; e nesse Congresso ele pronunciou um dos mais notáveis discursos: A Missão do Século XX.
Em 1913, foi a Sociedade de Estudos Psíquicos de Genebra que assumiu o encargo de organizar o II Congresso Espírita Universal, sob presidência do Sr. Piguet, assistido nessa função pelos Srs. Léon Denis e Gabriel Delanne.
Léon Denis constatava que a Ciência e a Filosofia, pouco a pouco assumiam alguns conceitos espíritas. Quanto à ciência, ele critica que esta pretendia que os fenômenos se repetissem à vontade, esquecidos de que no Espiritismo estamos tratando de vontades livres.
Em 1925, de 06 a 13 de setembro, Léon Denis desempenhou os encargos da presidência do III Congresso Espírita Internacional de Paris. Estavam presentes o célebre escritor inglês Arthur Conan Doyle; o Sr. Jean Meyer, organizador do espiritismo francês. O foco principal do Congresso foi identificar o caráter científico do Espiritismo Experimental. Léon Denis, aos oitenta anos, fixou os pontos essenciais da Doutrina. O que ele considerava importante era o conceito de que o Espiritismo baseia-se na experimentação científica. Parte dos efeitos para remontar as causas, seguindo um rumo inverso ao da revelação religiosa.
Uma doutrina baseada na Ciência e Razão, se constituirá em fé universal, substituindo assim a fé particular das religiões reveladas, concluiu Léon.
Sob que sinal se apresenta esta nova fé? - pergunta Gaston Luce.
“A fé espírita desemboca, com efeito, no amor, mas postula em primeiro lugar o conhecimento da alma, do destino e de Deus. Não é somente fé, é um ensinamento, é um critério que desafia a contradição” - responde Denis.
Finalizando com Herculano Pires, a vida e a obra de Léon são o exemplo vivo dessa conjugação de razão e fé que o Espiritismo realizou plenamente, na sua extraordinária síntese espiritual.
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