Programação


"FÉ INABALÁVEL SÓ O É A QUE PODE ENCARAR FRENTE A FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE."
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Allan Kardec

Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido para o movimento espírita como Allan Kardec, nasceu em Lion, França, a 3 de Outubro de 1804. Seus pais eram Jean Baptiste Antoine Rivail e Jeanne Louise Duhamel, Kardec em tenra idade revelou uma inteligência brilhante, inclinando-se para as ciências e para assuntos filosóficos.

Foi aluno de Pestalozzi no Instituto de Yverdon (Suíça), uma das mais renomadas escolas da época. Cercado por colegas tão brilhantes como ele, em seus momentos de descanso o futuro Codificador do Espiritismo, aos 14 anos ensinava o que aprendia aos seus colegas menos adiantados. Essa particular atenção para os problemas educacionais chamou a atenção de Pestalozzi, o que lhe conquistou a simpatia e admiração. Conquistou diversos diplomas e tornou-se membro de diversas Sociedades e Institutos durante sua carreira de professor e diretor de colégio. A sua postura pedagógica o fazia um pesquisador de extrema erudição. Viveu numa época em que os estudos ganhavam cunho empírico. Essa herança de formação foi primordial para, no futuro, o trabalho da Codificação ser realizado, notadamente em seu tempo. O professor Rivail ganhou notoriedade invulgar, sendo detentor das seguintes honrarias:

-Diploma de fundador da Sociedade de Previdência dos Diretores de Colégios e Internatos de Paris (1829).
-Diploma da Sociedade para a Instrução Elementar (1847). Secretário Geral: H. Carnot.
-Diploma do Instituto de Línguas, fundado em 1873. Presidente: Conde Le Peletier- Jaunay.
-Diploma da Sociedade de Ciências Naturais de França (1835). Presidente: Geoffrey de Saint-Hilaire.
-Diploma da Sociedade de Educação Nacional, constituída pelos diretores de Colégios e de Internatos da França.
-Diploma da Sociedade Gramatical, fundada em Paris, em 1807, por Urbain Domergue (1829).
-Diploma da Sociedade de Emulação e de Agricultura do Departamento do Ain (1828). Rivail fora designado para expor e apresentar em França o método de Pestalozzi.
-Diploma do Instituto Histórico, fundado em 24 de Dezembro de 1833 e organizado a 6 de Abril de 1834. Presidente: Michaud, membro da Academia Francesa.
-Diploma da Sociedade Francesa de Estatística Universal, fundada em Paris, a 22 de novembro de 1820, por César Moreau.
-Diploma da Sociedade de Incentivo à Industria Nacional, fundada por Jomard, membro do Instituto.
-Diploma da Academia Real das Ciências de Arrás.
Inúmeros textos biográficos afirmam que Kardec era médico, mas acreditamos que este equívoco tenha sido causado por sua formação humanista. Na verdade, não há registros oficiais que garantam que ele tenha cursado medicina.

Kardec e o Espiritismo

Homem de espírito empírico e racional, pensamento vigente em sua época, Rivail, ao entrar em contato pela primeira vez com os fenômenos espirituais, procurou observar-lhes as características lógicas. Não poderia ser diferente quando um amigo, Sr. Fortier lhe revela que, em certa casa, as mesas não eram apenas girantes, mas também falantes. A primeira reação de Rivail foi constatar a veracidade do fato. Ele era profundo conhecedor do Magnetismo e, como outros observadores e magnetistas, acreditava que os fenômenos eram apenas manipulação de fluido magnético.

Quando frente a frente com os fatos, o perspicaz professor logo observou com seriedade o que muitos utilizavam como passatempo. Fruto de suas árduas pesquisas e profundo estudo, esse extraordinário pesquisador concluiu que a causa inteligente por trás daqueles fenômenos, era os espíritos dos que já haviam partido, deduzindo, assim, as leis que regem esses fenômenos. A partir daí, trouxe todo um corpo de doutrina, explicitado na Filosofia Espírita, plena de conhecimento superior, esperanças e consolações.

Com essa percepção, Rivail, futuro Allan Kardec, passou a freqüentar inúmeras reuniões, levando perguntas sistematizadas sobre diversos problemas, às quais os Espíritos respondiam com "precisão, profundeza e lógica". Em casa do Sr. Roustan, 30 de abril de 1856, a médium Japhet lhe transmitiu a primeira revelação positiva da missão que teria de desempenhar. Humildemente Kardec recebeu uma página do Espírito de Verdade que lhe confirmava as dúvidas de ter sido escolhido para tão grandiosa missão. "Confirmo o que foi dito, mas recomendo-te discrição, se quiseres sair-te bem. Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que podes triunfar, como podes falir. Neste último caso, outro te substituiria, porquanto os desígnios de Deus não assentam na cabeça de um homem."

Segue-se o trabalho e a 18 de abril de 1857 é finalmente lançado O Livro dos Espíritos contendo a base para a Doutrina Espírita, as Leis Morais, Esperanças e Consolações.

O surgimento de Allan Kardec

"No momento de publicá-lo - diz Henri Sausse, biógrafo de Kardec - o autor ficou muito embaraçado em resolver como assinaria, se com o seu nome - Hippolyte Léon Denizard Rivail, ou com um pseudônimo. Sendo seu nome muito conhecido do mundo científico, em virtude dos seus trabalhos anteriores e podendo originar equívocos, talvez até mesmo prejudicar o êxito do empreendimento, ele adotou o alvitre de passar a assinar com o nome de Allan Kardec, nome que, segundo lhe revelara um espírito, ele tivera ao tempo dos Druidas." Para melhor elucidar o internauta, Rivail em encarnações passadas fora um sacerdote Druida de nome Allan Kardec - veja-se também estudos sobre o assunto na obra Allan Kardec, o druida reencarnado, de Eduardo de Carvalho Monteiro, editora EME.

Após o lançamento de O Livro dos Espíritos (1857) seguiram-se outros:

Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas - O que é Espiritismo - Carta sobre o Espiritismo - O Livro dos Médiuns (1861) - O Espiritismo na sua expressão mais simples - Viagem Espírita em 1862 - Resposta à mensagem dos Espíritos Lioneses por ocasião do Ano Novo - Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas, ou Primeira Iniciação - Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo, daí originando O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864)- Coleção de composições inéditas extraídas de O Evangelho Segundo o Espiritismo - A Gênese (1868) - O Céu e o Inferno (1865) - Coleção de Preces espíritas - Estudo acerca da poesia medianímica - Caracteres da Revelação Espírita - Obras Póstumas (1890) - Revista Espírita.

Nos seus últimos anos de vida, Kardec tornara-se um homem universal - segundo o Sr. André Moreil (La Vie et l´Oeuvre d´Allan Kardec, Paris, 1961). Em preparativos de mudança de residência, em 31 de março de 1869, aos 65 anos incompletos, é vítima de um aneurisma que o leva ao desenlace. Em seu enterro, no Cemitério de Montmartre, dentre outros oradores o astrônomo Camille Flammarion, destacou a contribuição de Allan Karde para o mundo científico e filosófico. Atualmente, os despojos mortais de Kardec podem ser encontrados no centro do monumento druida no Cemitério Père-Lachaise, em Paris.

Fonte: www.nossolar.org.br

 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

No Tempo dos Primeiros Homens

Edgar Armond no seu livro "Os Exilados de Capela" explica como foi a evolução humana a partir dos primeiros seres vivos que surgiram no nosso planeta. O texto abaixo foi retirado do seu livro com o objetivo de trazer à discussão a seguinte questão: "como chegamos a ser o que somos?" Além disto, também serve como forma de demonstrar quão lenta e gradual é a nossa evolução. No texto e imagem apresentada a seguir, estaremos falando em "milhões de anos". Portanto, aproveite a oportunidade para se perguntar: "O que você tem feito para acelerar o seu processo de evolução?"


"[...] no ápice do reino animal, estavam os símios, muito parecidos com os homens, porém, ainda animais, sem aquilo que, justamente, distingue o homem do animal, a saber: a inteligência.
Deste ponto em diante, por mais que investigasse, a ciência não conseguiu localizar um tipo intermediário de transição, bem definido entre o animal e o homem.
Descobriu fósseis de outros reinos e pôde classifica-los, mas nada obteve sobre o tipo de transição para o homem; todo o esforço se reduziu na exumação de dois ou três crânios encontrados algures e que foram aceitos, a título precário, como pertencentes a esse tipo desconhecido e misterioso a que nos estamos referindo.
Realmente, em várias partes do mundo, foram descobertos restos de seres que, após exames acurados, foram aceitos como pertencentes a antepassados do homem atual.
Segundo a ciência oficial, quando o clima da Terra se amenizou, em princípios do Mioceno (uma das quatro grandes divisões da Era Terciária, isto é, o período geológico que antecedeu o atual) e os antigos bosques tropicais começaram a ceder lugar aos prados verdes, os antigos seres vivos que moravam nas árvores foram descendo para o chão, e aqueles que aprenderam a caminhar erguidos formaram a espécie da qual descende o homem atual.
Entre estes últimos (que conseguiram erguer-se) prevaleceu um tipo, que foi chamado PROCONSUL, mais ou menos há 25 milhões de anos, e que era positivamente um símio.
E os tipos foram evoluindo até que, mais ou menos há um milhão e meio de anos, surgiram as espécies mais aproximadas do tipo humano.
Realmente, na  Ásia, na África e na Europa foram descobertos esqueletos de antropóides (macacos semelhantes ao homem) não identificados. Nas camadas do Pleistoceno inferior, também chamado Paleolítico (período antigo da Era da Pedra Lascada) e no Neolítico (Era da Pedra Polida) vieram à luz instrumentos, objetos e restos de dentes, ossos e chifres, cada vez mais bem trabalhados.
 Em 1807 surgiu em Heidelberg (Alemanha) um maxilar inferior e em Piltdow (Inglaterra) um crânio e uma mandíbula tanto diferentes dos tipos antropóides; até que finalmente surgiram esqueletos inteiros desses seres, permitindo melhores exames e conclusões.
Primeiramente surgiram criaturas do tamanho de um homem, que andavam de pé,tinham cérebro pouco desenvolvido as quais foram chamadas Pitecantropo, ou Homem de Java, que viveram entre 550 e 200 mil anos atrás. Em seguida surgiu o Sinantropos, ou Homem de Pequim, de cérebro também muito precário. Mais tarde surgiram tipos de cérebro mais evoluídos que viveram de 150 a 35 mil anos atrás e foram chamados de Homens de Solo (na Polinésia); de Florisbad (na África do Sul); da Rodésia (na África) e o mais generalizado de todos, chamado Homem de Neanderthal (no centro da Europa), cujos restos, em seguida, foram também encontrados nos outros continentes. Como possuíam cérebro bem maior foram chamados "Homo Sapiens", conquanto tivessem ainda muitos sinais de deficiências em relação à fala, à associação de idéias e à memória.
O Neanderthal foi descoberto em camadas do Pleistoceno médio mas, logo depois, no Pleistoceno superior surgiram esqueletos de corpo inteiro e de atitude vertical, como, por exemplo, o tipo negróide de Grimaldi, o tipo branco do Cro-Magnon (pertencente à Quarta Raça, Atlante) e o tipo Chancelade.
E por fim foram descobertos os tipos já bem desenvolvidos chamados Homens de Swanscombe (na Inglaterra), o de Kanjera (na África) o de Fontchevade (na França), todos classificados como "Homo Sapiens sapiens", isto é, "homens verdadeiros".
Ainda hoje existem na Rodésia (África) tipos semelhantes ao Neanderthal, que levam vida bestial e possuem crânio delicocéfalo (ovalado) com diâmetro transversal ¼ menor que o diâmetro longitudinal.
Estes tipos, estudados e classificados pela Ciência, conquanto tenham servido de base para suas investigações e conclusões, não valem, todavia como prova da existência do tipo de transição. Na realidade, a Ciência ignora a data e o local do aparecimento do verdadeiro tipo humano, como também ignora qual o primeiro ser que pode ser considerado como tal. O elo, portanto, entre o tipo animal mais evoluído e o homem primitivo, se perde entre o Pitecantropo, que era bestial, e o Homo Sapiens que veio 400 mil anos mais tarde."


FONTE: Edgar Armond - Os Exilados de Capela

terça-feira, 28 de junho de 2011

Constelação do Cocheiro - Estrela CAPELA

No livro "Os Exilados da Capela", Edgar Armond descreve o que foi este fato que modificou completamente a vida do nosso planeta. O texto abaixo, foi retirado do seu livro. As fotos são a representação que o autor fez desta constelação, onde aponta a Estrela Capela, e fotos atuais da posição onde se encontra a constelação.

“Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se,  desenhada,  uma  grande estrela  na  Constelação  do  Cocheiro  que  recebeu,  na Terra, o nome de Cabra ou Capela”. Magnífico Sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente,  da  sua  família  de  mundos,  cantando  as  glórias divinas do Ilimitado." (A Caminho da Luz, Emmanuel, cap. III)
A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui a Capela,  de  primeira  grandeza,  que,  por  isso mesmo,  é a alfa  da constelação. (Fig. 1)
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada. Dista da Terra cerca de  45  anos-luz,  distância esta  que,  em  quilômetros,  se representa pelo número de 4.257 seguido de 11 zeros.
Na abóbada celeste Capela está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince: e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis e Tauro.
Conhecida desde a mais remota antigüidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o célebre astrônomo e físico inglês Arthur Stanley Eddington (1882-1944), e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos. Sua cor é amarela, o que demonstra ser um Sol em  plena  juventude,  e,  como  um Sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluída."


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Prece de Ernestina e de Domênico

(Livro: Obreiros da Vida Eterna - André Luiz)

Obs: Prece realizada por Ernestina, acompanhada por Domênico no momento do seu arrependimento e ingresso na "Casa Transitória de Fabiano".


"Senhor Jesus! Eis-me aqui, doente e cansado aos teus pés,
compadece-te de mim, bem-amado pastor, de mim, ovelha desgarrada de teu rebanho...
Ofuscou-me o brilho falso da vaidade humana, a ilusão terrestre embotou-me o raciocínio, o egoísmo enrijeceu-me o coração e caí no precipício da ignorância, como leproso do sentimento. 
Tenho chorado e sofrido amargamente, Senhor, minha defecção espiritual. Mas eu sei que és Divino Médico, dedicado aos infelizes e transviados do caminho...
Por piedade, livra-me da prisão de mim mesmo, liberta-me do mal resultante de minhas próprias ações, faze que meus olhos se abram à luz divina!
Nutre-me com a tua verdade soberana, amapra-me a esperança de regeneração!
Senhor, dá-me forças para ressarcir todas as dívidas, curar todas as chagas, corrigir todos os erros que se acham vivos dentro de mim...
Perdoa-me, concedendo-me recursos para o resgate, não me deixes entregue aos resquícios das paixões que eu mesmo criei impensadamente, favorecendo-me com as tuas repreensões silenciosas nas situações disciplinares e, sobretudo, Benfeitor Sublime, retribui aos teus servos que me auxiliam, nesta hora, conferindo-lhes renovadas bençãos de energia e paz, a fim de que auxiliem a outros tão extenuados e caídos quanto eu!
Jesus, confiaremos em tua compaixão para sempre!
Assim seja!"

sábado, 25 de junho de 2011

Caracteres da Revelação Espírita

( Livro: A Gênese - Cap I - Itens 30 a 32)

30. O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das de Moisés, é conseqüência diretada sua doutrina. À idéia vaga da vida futura, acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos rodeia e povoa o espaço, e com isso precisa a crença, dá-lhe um corpo, uma consistência, uma realidade à idéia. Define os laços que unem a alma ao corpo e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios do nascimento e da morte. Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, por que está na Terra, por que sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus. Sabe que a alma progride incessantemente, através de uma série de existências sucessivas, até atingir o grau de perfeição que a aproxima de Deus. Sabe que todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, são criadas iguais, com idêntica aptidão para progredir, em virtude do seu livre-arbítrio; que todas são da mesma essência e que não há entre elas diferença, senão quanto ao progresso realizado; que todas têm o mesmo destino e alcançarão a mesma meta, mais ou menos rapidamente, pelo trabalho e boa vontade.
Sabe que não há criaturas deserdadas, nem mais favorecidas umas do que outras; que Deus a nenhuma criouprivilegiada e dispensada do trabalho imposto às outras para progredirem; que não há seres perpetuamente votados ao mal e ao sofrimento; que os que se designam pelo nome de demônios são Espíritos ainda atrasados e imperfeitos, que praticam o mal no espaço, como o praticavam na Terra, mas que se adiantarão e aperfeiçoarão; que os anjos ou Espíritos puros não são seres à parte na criação, mas Espíritos que chegaram à meta, depois de terem percorrido a estrada do progresso; que, por essa forma, não há criações múltiplas, nem diferentes categorias entre os seres inteligentes, mas que toda a criação deriva da grande lei de unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras.

31. Pelas relações que hoje pode estabelecer com aqueles que deixaram a Terra, possui o homem não só a prova material da existência e da individualidade da alma, como também compreende a solidariedade que liga os vivos aos mortos deste mundo e os deste mundo aos dos outros planetas. Conhece a situação deles no mundo dos Espíritos, acompanha-os em suas migrações, aprecia-lhes as alegrias e as penas; sabe a razão por que são felizes ou infelizes e a sorte que lhes está reservada, conforme o bem ou o mal que fizerem. Essas relações iniciam o homem na vida futura, que ele pode observar em todas as suas fases, em todas as suas peripécias; o futuro já não é uma vaga esperança: é um fato positivo, uma certeza matemática. Desde então, a morte nada mais tem de aterrador, por lhe ser a libertação, a porta da verdadeira vida.

32. Pelo estudo da situação dos Espíritos, o homem sabe que a felicidade e a desdita, na vida espiritual, são inerentes ao grau de perfeição e de imperfeição; que cada qual sofre as conseqüências diretas e naturais de suas faltas, ou, por outra, que é punido no que pecou; que essas conseqüências duram tanto quanto a causa que as produziu; que, por conseguinte, o culpado sofreria eternamente, se persistisse no mal, mas que o sofrimento cessa com o arrependimento e a reparação; ora, como depende de cada um o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Prece para Afastar os Maus Espíritos

(Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap XXVIII)

Em nome de Deus Todo-Poderoso, afastem-se de mim os maus Espíritos, servindo-me os bons de
antemural contra eles.
Espíritos malfazejos, que inspirais maus pensamentos aos homens;
Espíritos velhacos e mentirosos, que os enganais;
Espíritos zombeteiros, que vos divertis com a credulidade deles, eu vos repilo com todas as forças de minha alma e fecho os ouvidos às vossas sugestões; mas, imploro para vós a misericórdia de Deus.

Bons Espíritos que vos dignais de assistir-me, dai-me a força de resistir à influência dos Espíritos maus e as luzes de que necessito para não ser vítima de suas tramas.
Preservai-me do orgulho e da presunção; isentai o meu coração do ciúme, do ódio, da malevolência, de todo sentimento contrário à caridade, que são outras tantas portas abertas ao Espírito do mal.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Energia Sexual

(Livro: Vida e Sexo - Emmanuel)

Pergunta  – É  a mesma a  força  que  une os  elementos  da matéria  nos  corpos orgânicos e nos inorgânicos?

Resposta - Sim, a lei de atração é a mesma para todos, Item nº 60, de "O livro dos Espíritos". A  energia  sexual,  como  recurso da  lei de  atração,  na  perpetuidade do Universo, é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, à face das  potencialidades  criativas  de  que  se  reveste.  Nos seres  primitivos,  situados  nos primeiros  degraus  da  emoção  e  do  raciocínio,  e,  ainda,  em  todas  as  criaturas  que  se demoram  voluntariamente  no nível  dos  brutos,  a  descarga  de  semelhante  energia  se opera  inconsideradamente.  Isso,  porém,  lhes  custa  resultados  angustiosos  a  lhes lastrearem longo tempo de fixação em existências menos felizes, nas quais a vida, muitoa pouco e pouco, ensina a cada um que ninguém abusa de alguém sem carrear prejuízo a si mesmo. À medida que a individualidade evolui, no entanto, passa a compreender que a energia  sexual  envolve  o  impositivo de  discernimento  e  responsabilidade  em  sua aplicação,  e  que,  por  isso mesmo,  deve  estar  controlada  por  valores morais  que  lhe garantam o emprego digno, seja na criação de  formas  físicas, asseguradora da  família, ou  na  criação  de obras beneméritas  da  sensibilidade e da  cultura para a  reprodução  e extensão do progresso e da experiência, da beleza e do amor, na evolução e burilamento da vida no Planeta. Através da poligamia, o espírito assinala a si próprio longa marcha em  existências  e  mais  existências sucessivas  de  reparação  e  aprendizagem,  em  cujo transcurso  adquire  a  necessária  disciplina  do  seu  mundo  emotivo.  Fatigado  de
experimentos  dolorosos,  nos  quais  recolhe  o  fruto  amargo da  delinqüência  ou  do desespero que haja estabelecido nos outros,  reconhece na monogamia o caminho certo de suas manifestações afetivas. Atento a isso, identifica na criatura que se lhe afina com os  propósitos  e aspirações  o parceiro  ou  a  parceira  ideais  para  a comunhão  sexual, suscetível de  lhe granjear o preciso equilíbrio e capaz de  lhe  revitalizar as  forças com que se põe no encalço do trabalho imprescindível à própria evolução. Em nenhum caso, ser-nos-á  lícito  subestimar  a  importância  da  energia  sexual  que,  na  essência, verte  da Criação Divina para a constituição e sustentação de todas as criaturas. Com ela e por ela é que todas as civilizações da Terra se levantaram, legando ao homem preciosa herança na viagem para a sublimação definitiva, entendendo-se, porém, que criatura alguma, no plano  da  razão,  se  utilizará  dela,  nas  relações  com  outra  criatura,  sem  conseqüências felizes ou infelizes, construtivas ou destrutivas, conforme a orientação que se lhe der.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Glória aos Servos Fiés

(Livro: Obreiros da Vida Eterna - André Luiz)


Ó Senhor!
Abençoa os teus servos fiéis,
Mensageiros de tua paz,
Semeadores de tua esperança.

Onde haja sombras de dor,
Acende-lhes a lâmpada da alegria;
Onde domine o mal, ameaçando a obra do bem,
Abre-lhes a porta oculta à tua misericórdia;
Onde surjam acúleos do ódio,
Auxilia-nos a cultivar    as flores bem-aventuradas de teu sacrossanto amor!

Senhor! são eles
Teus heróis anônimos,
Que removem pântanos e espinheiros,
Cooperando em tua divina semeadura...
Concede-lhes os júbilos interiores,
Da claridade sagrada em que se banham as almas redimidas.
Unge-lhes o coração com a harmonia celeste
Que reservas ao ouvido santificado;
Descortina-lhes as visões gloriosas
Que guardas para os olhos dos justos;
Condecora-lhes o peito com as estrelas da virtude leal...
Enche-lhes as mão. de dádivas bendita.
Para que repartam em teu nome
A lei do bem,
A lua da perfeição,
O alimento do amor,
A veste da sabedoria,
A alegria da paz,
A força da fé,
O influxo da coragem,
A graça da esperança,
O remédio retificador!...

Ó Senhor,
Inspiração de nossas vidas,
Mestre de nossos corações,
Refugio dos séculos terrestres!
Fase brilhar teus divinos lauréis
E teus eternos dons,
Na fronte lúcida dos bons
Os teus servos fiéis!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Retrato do Corpo Mental

(Livro: Evolução em Dois Mundos - André Luiz)

Para definirmos de alguma sorte, o corpo espiritual, é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação.
Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o maneja.
Todas as alterações que apresenta, depois do estágio berço-túmulo, verificam-se na base da conduta espiritual da criatura que se despede do arcabouço terrestre para continuar a jornada evolutiva nos domínios da experiência.
Claro está, portanto, que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Minutos de Sabedoria

Renove sua saúde por meio de afirmações positivas.
Todas as suas células e seus órgãos cumprirão integralmente seus deveres, se você não os maltratar com pensamentos negativos de descrença, de medo, de raiva, nem de vingança.
Envie pensamentos positivos de saúde a seus órgãos e células, e forneça a seu corpo alimentos sadios, para não lhe dar demasiado trabalho.

domingo, 19 de junho de 2011

O Livro dos Espíritos

Meu nome é "Livro dos Espíritos", mas pode me chamar de LE. A fim de te responder algumas perguntas, tomei a liberdade de me apresentar, lembrando que sou dividido em três partes fundamentais:

a) Introdução;
b) 1.019 questões;
c) Conclusão.

Assim, por exemplo, se quiser saber sobre o porquê da Existência, leia a Questão 132; ou um modelo de conduta, procure na Q. 624;
O casamento está na Q. 696 e apoligamia na Q. 700;
Se tiver curiosidade sobre os pactos com os espíritos, Q. 549;
A inércia do ser quanto à vida e às leis do bem, olhe a Q. 642;
O que é Deus? Q. 1, ou se o homem pode saber sobre tudo, Q 17;
Sono, Q. 402 e o sonambulismo, Q. 425;
De onde vieram os seres humanos? Q. 43; os espíritos podem influenciar os encarnados? Q.459;
Qual a ocupação dos espíritos? Q. 558; o trabalho é necessário? Q. 674, e os limites do trabalho? Q. 683;
Para que servem os bens materiais na Terra? Q. 712; morrer dói? Q 154, e a preocupação com a morte? Q. 941.
Existem anjos ou demônios? Q. 128; reencarnação existe? Q. 166;
Entre os espíritos existem classes? Q. 96;
Espírito tem sexo? Q. 200;
Por que a diversidade das raças humanas? Q. 52; e as antipatias? Qs. 297/303/386/390;
Onde se instruíram as pessoas superdotadas? Q. 361; por que nasceram na Terra loucos e idiotas? Q. 371;
Podemos lembrar outras vidas? Q. 392; e o futuro pode ser revelado? Q. 868;
É melhor ser pobre ou ser rico? Q. 814; e as desigualdades sociais? Q. 806;
Por que as leis humanas são instáveis: Q. 795; e a pena de morte? Q. 760; e por que as guerras? Q. 742; e os grandes flagelos sociais? Q. 737;
É bom ser egoísta? Mas o que é o egoísmo? Q. 913; como melhorar a vida? Q. 919;
Falar com os mortos é profano? Q. 935; paraíso existe? Q. 1001; o que é felicidade? Q. 920;
Afinal, para que serve o Espiritismo? Ver "Conclusão Final".

Gostaría de salientar que não tenho a pretensão de mudar hábitos e idéias, mas sim informar humildemente, um pouco sobre a doutrina Kardecista, hoje tão comentada, a fim de no futuro podermos dizer:

- OLHEI E OBSERVEI,
P - Quem sabe se me convém?
R - Eu mesmo.

sábado, 18 de junho de 2011

O tempo é medido da mesma forma no mundo Espiritual e no Material?

(Livro: A Gênese - Cap XVI - Item 15)

Para determinação da época dos acontecimentos futuros, será preciso, ao demais, se leve em conta uma circunstância inerente à natureza mesma dos Espíritos. O tempo, como o espaço, não pode ser avaliado senão com o auxílio de pontos de referências que o dividam em períodos que se contem. Na Terra, a divisão natural do tempo em dias e anos tem a marcá-la o levantar e o pôr-do-Sol, assim como a duração do movimento de translação do planeta terreno. As unidades de medida do tempo necessariamente variam conforme os mundos, pois que são diferentes os períodos astronômicos. Assim, por exemplo, em Júpiter, os dias eqüivalem a dez das horas terrestres e os anos a mais de doze anos nossos.
Há, pois, para cada mundo, um modo diferente de computar-se a duração, de acordo com a natureza das revoluções astrais que nele se efetuam. Já haverá aí uma dificuldade para que Espíritos que não conheçam o nosso mundo determinem datas com relação a nós. Além disso, fora dos mundos, não existem tais meios de apreciação. Para um Espírito, no espaço, não há levantar nem pôr-de-Sol a marcar os dias, nem revolução periódica a marcar os anos; só há, para ele, a duração e o espaço infinitos. (Cap. VI, nos 1 e seguintes.) Aquele, portanto, que jamais houvesse vindo à Terra nenhum conhecimento possuiria dos nossos cálcu-
los que, aliás, lhe seriam completamente inúteis. Mais ainda: aquele que jamais houvesse encarnado em nenhum mundo, nenhuma noção teria das frações da duração. Quando um Espírito estranho à Terra vem aqui manifestar-se, não pode assinar datas aos acontecimentos, senão identificando-se com os nossos usos; ora, isso sem dúvida lhe é possível, porém, as mais das vezes, ele nenhuma utilidade descobre nessa identificação.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Escala Espírita


(Livro: O Livro dos Espíritos - Questões 96 à 100)

96. São iguais os Espíritos, ou há entre eles qualquer hierarquia?
“São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado.”

97. As ordens ou graus de perfeição dos Espíritos são em número determinado?
“São ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando-se os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzir-se a três principais.
“Na primeira, colocar-se-ão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda, os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão à terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza.”

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ser Espírita

(Livro: Aprendendo a Lidar com as Crises de Wanderley Pereira)

Se espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão.
Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera.
Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade.
Não é superar o próximo; é superar a si mesmo.
Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno.

Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação;
é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.
Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.

Ser espírita não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura;
é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança.
Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.

Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado;
é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como spírita, como cristão.
O Espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, no telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.

Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus.
Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser umestado normal do homem consciente.
Anormal é não ser bom.

Ser espírita não é curar ninguém;
é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.

Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante.

Ser espírita é consolar-se em receber;
é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais "é bem mais aventurado dar do que receber".

Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre.

Isto é ser espírita.
Com as bençãos de Jesus, nosso Mestre.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Os Últimos serão os Primeiros

(Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap XX - Item 2)

[...] Bons espíritas, meus bem-amados, sois todos vós obreiros da última hora. Bem orgulhoso seria aquele que dissesse: Comecei o trabalho no alvorecer e não o terminarei senão no declínio do dia. Todos vós viestes quando fostes chamados, um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, para a encarnação, da qual carregais os grilhões; mas desde quantos séculos e séculos o Senhor vos chamou para a sua vinda sem que tivésseis querido entrar nela! Eis o momento de receberdes o salário; empregai bem essa hora que vos resta e não duvideis jamais que o vossa existência, tão longa que vos pareça, não é senao um momento bem fugidio na imensidade dos tempos que formam para vós a eternidade. (Constantino, Espírito Protetor, Bordéus, 1863)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O Egoísmo

(Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap XI - Item 11)

O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro
devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.
É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão. Cabem-vos a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho das sarças que lhe entravam a marcha. Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o extirpais dos vossos corações. – Emmanuel. (Paris, 1861.)


OBSERVAÇÕES:

(1) O texto acima de autoria de Emmanuel foi escrito em Paris no ano de 1861 e publicado no Evangelho Segundo o Espiritismo (cap XI, item 11) em 1864;
(2) A forma como ele narra o diálogo de Pilatos, é semelhante a narrativa publicada no livro "Há Dois Mil Anos - capítulo VIII - No Grande Dia do Calvário", psicografado por Chico Xavier em 1939, ou seja, 78 anos depois de publicado por Allan Kardec.
(3) O fato de Emmanuel ser autor do texto de 1861 e supostamente ter reencarnado em missão no ano de 2000, nos leva a concluir que este seu período de erraticidade durou - no mínimo -  139 anos; o que em termos espírita não é um período longo.

domingo, 12 de junho de 2011

Prosperidade

(Livro: A Coragem da Fé - Bezerra de Menezes)

Filhos, as religiões que verdadeiramente não cogitam do Reino do Céu vos acenarão com a promessa da prosperidade material sobre a Terra. Não permuteis o que é eterno pelo que é  transitório; não  façais como Esaú, que, por um prato de lentilhas, abriu mão do seu direito de primogênito para Jacó, seu irmão...
A exemplo de Maria,  irmã de Lázaro e Marta, permanecei com a boa parte. Não  vos  esqueçais  do  jovem  rico,  cujo  anseio de elevação  espiritual não ia ao ponto de levá-lo ao desprendimento dos bens materiais. Quase sempre, as aspirações de ordem superior do homem se conflitam com os interesses subalternos da sociedade em que vive. Quantos  os  que,  pressionados  por  carências  materiais imaginárias, renunciam  à  fé  espírita,  aceitando  outras  interpretações  para  as  palavras  do Senhor?
Quantos  os  que  renegam  a crença  na  reencarnação pelo  motivo  de terem se exaurido na luta pela própria sublimação?
O  Espiritismo  não  efetua  aos  seus  adeptos  quaisquer  exigências, todavia  quem  toma  consciência  de  seus  postulados  sente-se  naturalmente constrangido a ceder de si mesmo, cada vez mais. É a lucidez espiritual que a Doutrina faculta aos seus seguidores o que os  induz à disciplina austera e  ao  trabalho  incansável,  ao desapego dos bens perecíveis e ao sacrifício pelo ideal.
Filhos,  não  contemporizeis  com  a  ilusão.  Ninguém  ascenderá aos Planos Mais Altos, preso aos interesses rasteiros do mundo. O Senhor não quer a necessidade, a penúria, a  fome, a miséria... Não vos  esqueçais, no  entanto,  de que o  homem  só  verdadeiramente  tem  a posse daquilo que nem mesmo a morte lhe arrebata. O  próprio orbe  terrestre  não  sobreviverá  às  constantes  mutações  da matéria que, a cada  instante, se quintessencia, aproximando-se da natureza do Criador.

sábado, 11 de junho de 2011

Espiritismo e Mediunidade

(Livro: Estudando a Mediunidade)

Que devemos buscar na Mediunidade?
Como devemos considerar os Médiuns?
Que nos podem oferecer o Espiritismo e o Mediunismo?
Essas três singelas perguntas constituem o esboço do presente capítulo.
Em que pese ao extraordinário progresso do Espiritismo, neste seu primeiro século de existência codificada, qualquer observador notará que os seus variados ângulos ainda não foram integralmente apreendidos, inclusive por companheiros a ele já filiados.
Muitas criaturas, almas generosas e simples, ainda não sabem o que devem e podem buscar na mediunidade.
Outras, guardam um conceito errôneo e perigoso, com relação aos médiuns, situando-os, indevidamente, na posição de santos ou iluminados.
Em resumo, ainda não sabemos, evidentemente, o que o Espiritismo e a prática mediúnica nos podem oferecer.
Há quem deseje, irrefletidamente, buscar nos serviços de intercâmbio entre os dois planos a satisfação de seus interesses imediatistas, relacionados com a vida terrena, como existem os que, endeusando os médiuns, ameaçam-lhes a estabilidade espiritual, com sérios riscos para o Homem e para a Causa.
O Espiritismo não responde por isso.
Nem os Espíritos Superiores.
Nem os Espíritos mais esclarecidos.

Allan Kardec foi, no dizer de Flammarion, “o bom senso encarnado”, O Espiritismo, cuja codificação no plano físico coube ao sábio francês, teria de ser, também, a Doutrina do bom-senso e da lógica, do equilíbrio e da sensatez.
Ele permanecerá como imponente marco de luz, por muitos séculos, aclarando o entendimento de quantos lhe busquem por manancial de esclarecimento e consolação.
Ao invés de cogitar apenas dos problemas materiais, para cuja solução existem, no mundo, numerosas instituições especializadas, cogita o Espiritismo de fixar o roteiro do nosso reajustamento para a Vida Superior.

Reajustamento assim especificado:
a) Moral
b) Espiritual
c) Intelectual

E na definição de André Luiz, “revelação divina para renovação fundamental dos homens”.
Quem se alista nas fileiras do Espiritismo é compelido, naturalmente, a iniciar o processo de sua própria transformação moral.
Não quer mais ser violento ou grosseiro, maledicente ou ingrato, leviano ou infiel.
Deseja, embora tateante, em vista das solicitações inferiores que decorrem, inevitavelmente, do nosso aprisionamento às formas primitivistas evolucionais, subir, devagarinho, os penosos degraus do aperfeiçoamento espiritual, integrando-se, para isso, no trabalho em favor de si mesmo e dos outros.
O Espírita esclarecido considerará o médium como um companheiro comum, portador das mesmas responsabilidades e fraquezas que igualmente nos afligem.
Alma humana, falível e pecadora, necessitada de compreensão.
Não o tomará por adivinho, oráculo ou revelador de notícias inadequadas.
Assim sendo, ajudá-lo-á no desempenho dos seus deveres, evitando o elogio que inutiliza as mais belas florações mediúnicas, para estimulá-lo e ampará-lo com a palavra amiga e sincera.
Todo Espírita ganharia muito se lesse, meditando, o capítulo História de um Médium, do livro “Novas Mensagens”, do Espírito de Humberto de Campos.
Como descansariam os médiuns do assédio impiedoso que lhes movem alguns companheiros, deixando-os, assim, livres e desimpedidos para a realização de suas nobres tarefas?
O Espiritista sincero irá compreendendo, pouco a pouco, que o Espiritismo e o Mediunismo lhe podem oferecer ensejo para o sublime “reencontro com o pensamento puro do Cristo, auxiliando-nos a compreensão para mais amplo discernimento da verdade”.
E, através dessa compreensão, saberá reverenciar “o Espiritismo e a Mediunidade como dois altares vivos no templo da fé, através dos quais contemplaremos, de mais alto, a esfera das cogitações propriamente terrestres, compreendendo, por fim, que a glória reservada ao espírito humano é sublime e infinita, no Reino Divino do Universo”.
Com esta superior noção das finalidades da Doutrina Espírita, não mais se farão ouvir, proferidas por companheiros nossos, as três perguntas com que abrimos o presente capítulo:
Que devemos buscar na mediunidade?
Como devemos considerar os médiuns?
Que nos podem oferecer o Espiritismo e o Mediunismo?

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Minutos de Sabedoria

"Deus está em toda a parte ao mesmo tempo, em redor de você, dentro de você!
Jamais você está desamparado. Nunca está só.
Não permita que a mágoa o perturbe: procure manter-se calmo, para ouvir a voz silenciosa de Deus dentro de você.
Assim poderá superar todas as dificuldades que aparecerem em seu caminho, e há de descobrir a Verdade que existe em todas as coisas e pessoas."

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Que é Deus?

(Texto de Paulo Roberto Martins, publicado no Jornal Espírita de Pernambuco em julho de 2000.)

[...] "para que possamos chegar próximos a entender o que é Deus, devemos faer um esforço para idealizarmos mais ou menos o que seria o universo, começando portanto pela tomada de consciência do espaço tridimensional (comprimento, largura e altura) que ocupamos no mesmo, passando daí para a percepção do espaço nessa residência, bairro, cidade, estado, país, continente e planeta Terra com seus 40.000 Km de extensão na circunferência.
A terra faz parte de um Sistema Solar que possui apenas 9 planetas com 57 satélites, no total de 68 corpos celestes. A "grosso modo" em relação a outros astros do Sistema Solar, a Terra possui um volume 49 vezes maior que o da Lua e 1.300.000 vezes menor que o do Sol. É preciso que tenhamos noção de sua pouca importância diante do restante do universo.
Nosso Sistema Solar faz parte de uma pequena galáxia conhecida por Via Láctea, um aglomerado de cerca de 100 bilhões de estrelas com pelo menos 100 mil com vida inteligente e 1.000 com civilizações mais evoluídas que a nossa.
As últimas observações do telescópio Hubble, elevaram o número de galáxias conhecidas para 50 milhões. Em 1991, em Greenwich, na Inglaterra, o observatório localizou um Quasar (possível ninho de galáxias) com a luminosidade correspondente a 1 quatrilhão de sóis.
Diante destes números pensaríamos ter chegado na idéia do universo; ledo engano, pois estas áreas, ou melhor, volumes, representariam apenas 3% do que seria a totalidade de tudo dentro do tridimensional e espaço/tempoi como conhecemos.
...
E aí ? Será que conseguimos chegar perto da idéia de concepção e tamanho da obra de Deus, para tentar entendê-lo ?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Ser Espírita

(Livro: A Coragem da Fé)

Filhos, ser espírita é oportunidade de vivenciar o Evangelho em espírito e verdade.  O  seguidor  da Doutrina é alguém  que  caminha  sobre  o mundo, mais consciente  de  seus  erros  que  de  seus  acertos.  Por  este  motivo  -  pela impossibilidade de conformar os interesses do homem velho com os anseios do homem novo, ele quase sempre deduz que professar a  fé espírita não é  tarefa fácil.
Toda mudança  de  hábito, principalmente daquele  que  lhe esteja mais arraigado, impõe à criatura encarnada sacrifícios inomináveis. O rompimento com o "eu" é um parto laborioso, em que, não raro, sem
experimentar inúmeras recaídas, o espírito não vem à luz... O  importante é  que não  vos deixeis desalentar. Recordai  que, para o trabalho  inicial do Evangelho, Jesus requisitou o concurso de doze homens e não de doze anjos. Talvez  o  problema  maior  para  os  companheiros  de  ideal  que  se permitem desanimar, ante as  fragilidades morais que  evidenciam,  seja o  fato de suporem ser o que ainda não o são.
Sem  dúvida,  os  que  vivem  ignorando  as  próprias  necessidades, aparentemente  vivem  em  maior  serenidade  de  quantos  delas  já  tomaram consciência;  não olvideis,  contudo,  que a  aspiração  do melhor  é  intrínseca à sua natureza - o homem sempre há de querer ser mais...
Na  condição,  pois,  de  esclarecidos  seguidores  da  Doutrina  Espírita, nunca  espereis  vos  acomodar,  desfrutando da  paz  ilusória  dos  que  não  se aprofundam no conhecimento da Verdade que liberta.
Onde estiverdes, estareis sempre inquietos pelo amanhã.
A aflição que Jesus bem-aventurou, é aquela que experimenta quem se põe a caminho e não descansa antes de concluir a jornada. Filhos,  apesar  dos  percalços  externos  e  de  vossos  conflitos  íntimos, aceitai  no  Espiritismo  a  vossa melhor  chance  de  redenção  espiritual,  e  isto desde  o  começo de  vossas  experiências  reencarnatórias.  Valorizai  o  ensejo bendito e não culpeis a Doutrina pelas vossas mazelas.

domingo, 5 de junho de 2011

Ciência e Religião

(Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap I - item 8)



A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.
São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porqueestará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais
opor a irresistível lógica dos fatos. A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres.
Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. É toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as conseqüências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.

sábado, 4 de junho de 2011

Reinos da Natureza

" A alma dormita no mineral,
sonha no vegetal,
agita-se no animal e
desperta no homem."

(León Denis)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Qual a composição dos encarnados?

(Resposta baseada no Livro dos Médiuns, Cap I, item 54)

ALMA ou ESPÍRITO: Princípio inteligente onde reside o senso moral;

CORPO:  Envoltório grosseiro, material, do qual está temporariamente revestido para o cumprimento de certos objetivos providenciais;

PERISPIRITO: Envoltório fluídico, semi-material, servindo de laço entre o espírito e o corpo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Coragem da Fé

Filhos, não vos esqueçais de orar sempre.
A oração possibilita ao homem abrandar os próprios sentimentos.
Quem se habitua a orar não se entrega ao desespero e à revolta.
A prece jamais é um monólogo... Pelo recolhimento íntimo na oração, a criatura conversa com o Criador, que não a deixa sem resposta.
Ato de  fé  solitário,  a  prece  exterioriza a  sinceridade  do  filho que, reconhecendo a própria insignificância, recorre aos préstimos do Pai, que tudo pode.
Jesus orava com freqüência.
Sem este contato pessoal com Deus, a crença do homem não passa de uma aparente manifestação de religiosidade.
Os que oram nunca se fragilizam diante das lutas que faceiam.
Orai no silêncio de vossas reflexões; orai com a vossa mente e com o vosso coração.
Buscai forças no Alto para os embates  inevitáveis do caminho, repleto de urzes e de pedras.
Orai  com  as  vossas  mãos  mergulhadas  na  caridade;  que as  vossas petições sejam referendadas pelas vossas atitudes no bem dos semelhantes...
A persistência da fé remove obstáculos intransponíveis.
A oração modifica o tônus espiritual de quem, por vezes, não enxergasaída para os impasses da existência.
Quem  não ora  será  sempre  uma  presa  fácil  da  obsessão  e  do desequilíbrio oriundo de si mesmo.
Filhos, abençoai as vossas provas! Afagai o madeiro que vos pesa nos ombros  e,  sob o  sol  causticante  de  vossas  dificuldades,  não  vos  afasteis  do oásis aconchegante da oração.
A prece é o ato de humildade que mais engrandece o espírito!
Sede homens de fé e de oração.
Quanto  maior  o desafio  lançado  à  vossa  crença,  mais  devereis  vos curvar à necessidade de orar.
"Pedi  e  obtereis"  -  exortou-nos  o  Senhor,  em  suas  palavras  jamais pronunciadas em vão.

Sigamos até lá. (Emmanuel)

(Do livro "Pão Nosso", psicografado pelo médium Chico Xavie, Cap 59 - FEB)

"Na oração dominical, Jesus ensina aos cooperadores a necessidade de observância plena dos desígnios do Pai.
Sabia o Mestre que a vontade humana é ainda muito frágil e que inúmeras lutas rodeiam a criatura até que aprenda a estabelecer a união com o Divino.
Apesar disso, a lição da prece foi sempre interpretada pela maioria dos crentes como recurso de fácil obtenção do amparo celestial.
Muitos pedem determinados favores e recitam maquinalmente as fórmulas verbais. Certamente, não podem receber imediata satisfação aos caprichos próprios, porque, no estado de queda ou de ignorância, o espírito necessita, antes de tudo, aprender a submeter-se aos desígnios divinos, a seu respeito.
Alçaremos, porém, a época das orações integralmente atendidas. Atingiremos semelhante realização quando estivermos espiritualmente em Cristo. Então, quando quisermos ser-nos-à feito, porquanto teremos penetrado o justo sentido de cada coisa e a finalidade de cada circunstância. Estaremos habilitados a querer e a pedir, em Jesus, e a vida se nos apresentará, em suas verdadeiras características de infinito, eternidade, renovação e beleza.
Na condição de encarnados ou desencarnados, ainda estamos caminhando para o Mestre, a fim de que possamos experimentar a união gloriosa com o seu amor. Até lá, trabalharemos e vigiaremos para compreender a vontade divina.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Prece por alguém que acaba de morrer

(Livro: O Evangelho segundo o Espiritismo - Cap XXVIII - Item  59 e 60)

PREFÁCIO. As preces pelos Espíritos que acabam de deixar a Terra não objetivam, unicamente, dar-lhes um testemunho de simpatia: também têm por efeito auxiliar-lhes o desprendimento e, desse modo, abreviar-lhes a perturbação que sempre se segue à separação, tornando-lhes mais calmo o despertar. Ainda aí, porém, como em qualquer outra circunstância, a eficácia está na sinceridade do pensamento e não na quantidade das palavras que se profiram mais ou menos pomposamente e em que, amiúde, nenhuma parte toma o coração. As preces que deste se elevam ressoam em torno do Espírito, cujas idéias ainda estão confusas, como as vozes amigas que nos fazem despertar do sono. (Cap. XXVII, nº 10.)

Prece: 
"Onipotente Deus, que a tua misericórdia se derrame sobre a alma de N..., a quem acabaste de chamar da Terra. Possam ser-lhe contadas as provas que aqui sofreu, bem como ter suavizadas e encurtadas as penas que ainda haja de suportar na Espiritualidade!
Bons Espíritos que o viestes receber e tu, particularmente, seu anjo guardião, ajudai-o a despojar-se da matéria;dai-lhe luz e a consciência de si mesmo, a fim de que saia presto da perturbação inerente à passagem da vida corpórea para a vida espiritual. Inspirai-lhe o arrependimento das faltas que haja cometido e o desejo de obter permissão para as reparar, a fim de acelerar o seu avanço rumo à vida eterna bem-aventurada.
N..., acabas de entrar no mundo dos Espíritos e, no entanto, presente aqui te achas entre nós; tu nos vês e ouves, por isso que de menos do que havia, entre ti e nós, só há o corpo perecível que vens de abandonar e que em breve estará reduzido a pó.
Despiste o envoltório grosseiro, sujeito a vicissitudes e à morte, e conservaste apenas o envoltório etéreo, imperecível e inacessível aos sofrimentos. Já não vives pelo corpo; vives da vida dos Espíritos, vida essa isenta das misérias que afligem a Humanidade.
Já não tens diante de ti o véu que às nossas vistas oculta os esplendores da vida no Além. Podes, doravante, contemplar novas maravilhas, ao passo que nós ainda continuamos mergulhados em trevas. 
Vais, em plena liberdade, percorrer o espaço e visitar os mundos, enquanto nós rastejaremos penosamente naTerra, à qual se conserva preso o nosso corpo material, semelhante, para nós, a pesado fardo.
Diante de ti, vai desenrolar-se o panorama do Infinito e, em face de tanta grandeza, compreenderás a vacuidade dos nossos desejos terrestres, das nossas ambições mundanas e dos gozos fúteis com que os homens tanto se deleitam.
A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes. Do exílio onde ainda nos retém a vontade de Deus, bem assim os deveres que nos correm neste mundo, acompanhar-te-emos pelo pensamento, até que nos seja permitido juntar-nos a ti, como tu te reuniste aos que te precederam.
Não podemos ir onde te achas, mas tu podes vir ter conosco. Vem, pois, aos que te amam e que tu amaste; ampara-os nas provas da vida; vela pelos que te são caros; protege-os, como puderes; suaviza-lhes os pesares, fazendo-lhes perceber, pelo pensamento, que és mais ditoso agora e dando-lhes a consoladora certeza de que um dia estareis todos reunidos num mundo melhor.
Nesse, onde te encontras, devem extinguir-se todos os ressentimentos. Que a eles, daqui em diante, sejas inacessível, a bem da tua felicidade futura! Perdoa, portanto, aos que hajam incorrido em falta para contigo, como eles te perdoam as que tenhas cometido para com eles."