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"FÉ INABALÁVEL SÓ O É A QUE PODE ENCARAR FRENTE A FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE."
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Espiritismo e Mediunidade

Extraído do livro "Estudando a Mediunidade" de Martins Peralva.



       Que devemos buscar na Mediunidade?
       Como devemos considerar os Médiuns?
       Que nos podem oferecer o Espiritismo e o Mediu­nismo?
       Essas três singelas perguntas constituem o esboço do presente capítulo.
       Em que pese ao extraordinário progresso do Espi­ritismo, neste seu primeiro século de existência codificada, qualquer observador notará que os seus variegados ângulos ainda não foram integralmente apreendidos, in­clusive por companheiros a ele já filiados.
       Muitas criaturas, almas generosas e simples, ainda não sabem o que devem e podem buscar na mediunidade.
       Outras, guardam um conceito errôneo e perigoso, com relação aos médiuns, situando-os, indevidamente, na posição de santos ou iluminados.
       Em resumo, ainda não sabemos, evidentemente, o que o Espiritismo e a prática mediúnica nos podem ofe­recer.
       Há quem deseje, irrefletidamente, buscar nos serviços de intercâmbio entre os dois planos a satisfação de seus interesses imediatistas, relacionados com a vida terrena, como existem os que, endeusando os médiuns, ameaçam-lhes a estabilidade espiritual, com sérios riscos para o Homem e para a Causa.
       O Espiritismo não responde por isso.
       Nem os Espíritos Superiores.
       Nem os Espíritos mais esclarecidos.
       Allan Kardec foi, no dizer de Flammarion, “o bom senso encarnado”, O Espiritismo, cuja codificação no plano físico coube ao sábio francês, teria de ser, tam­bém, a Doutrina do bom-senso e da lógica, do equilíbrio e da sensatez.
       Ele permanecerá como imponente marco de luz, por muitos séculos, aclarando o entendimento de quantos lhe busquem por manancial de esclarecimento e consolação.
       Ao invés de cogitar apenas dos problemas materiais, para cuja solução existem, no mundo, numerosas insti­tuições especializadas, cogita o Espiritismo de fixar o roteiro do nosso reajustamento para a Vida Superior.
       Reajustamento assim especificado:
       a) - Moral
       b)— Espiritual
       c) — Intelectual
       E na definição de André Luiz, “revelação divina para renovação fundamental dos homens”.
       Quem se alista nas fileiras do Espiritismo é compe­lido, naturalmente, a iniciar o processo de sua própria transformação moral.
       Não quer mais ser violento ou grosseiro, maledi­cente ou ingrato, leviano ou infiel.
       Deseja, embora tateante, em vista das solicitações inferiores que decorrem, inevitavelmente, do nosso apri­sionamento às formas primitivistas evolucionais, subir, devagarinho, os penosos degraus do aperfeiçoamento es­piritual, integrando-se, para isso, no trabalho em favor de si mesmo e dos outros.
       O Espírita esclarecido considerará o médium como1 um companheiro comum, portador das mesmas responsa­bilidades e fraquezas que igualmente nos afligem.
       Alma humana, falível e pecadora, necessitada de compreensão.
       Não o tomará por adivinho, oráculo ou revelador de notícias inadequadas.
       Assim sendo, ajudá-lo-á no desempenho dos seus deveres, evitando o elogio que inutiliza as mais belas florações mediúnicas, para estimulá-lo e ampará-lo com a palavra amiga e sincera.
       Todo Espírita ganharia muito se lesse, meditando, o capítulo História de um Médium, do livro “Novas Mensagens”, do Espírito de Humberto de Campos.
       Como descansariam os médiuns do assédio impie­doso que lhes movem alguns companheiros, deixando-os, assim, livres e desimpedidos para a realização de suas nobres tarefas?
       O Espiritista sincero irá compreendendo, pouco a pouco, que o Espiritismo e o Mediunismo lhe podem ofe­recer ensejo para o sublime “reencontro com o pensa­mento puro do Cristo, auxiliando-nos a compreensão para mais amplo discernimento da verdade”.
       E, através dessa compreensão, saberá reverenciar “o Espiritismo e a Mediunidade como dois altares vivos no templo da fé, através dos quais contemplaremos, de mais alto, a esfera das cogitações propriamente terres­tres, compreendendo, por fim, que a glória reservada ao espírito humano é sublime e infinita, no Reino Divino do Universo”.
       Com esta superior noção das finalidades da Dou­trina Espírita, não mais se farão ouvir, proferidas por companheiros nossos, as três perguntas com que abrimos o presente capítulo:
       Que devemos buscar na mediunidade?
       Como devemos considerar os médiuns?
       Que nos podem oferecer o Espiritismo e o Mediunismo?

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